Alckmin e Doria amenizam declaração do general Villas Bôas sobre impunidade

O general expressou 'repúdio à impunidade', sem citar o julgamento do habeas corpus de Lula pelo STF

Mariana Zylberkan
São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito João Doria (PSDB), amenizaram o impacto das declarações do comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas.

Nesta terça-feira (3), em sua página em uma rede social, o general expressou "repúdio à impunidade", mas sem citar o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula pelo STF nesta quarta-feira (4). A declaração suscitou reações nas redes sociais.

Governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria durante inauguração da estação Oscar Freire, do Metrô, nesta quarta
Governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria durante inauguração da estação Oscar Freire, do Metrô, nesta quarta - Diego Padgurschi/Folhapress

Alckmin considerou legítima a declaração do general. “Ele expressou um sentimento da sociedade. A sociedade não quer a impunidade. A impunidade estimula a atividade delituosa. Ele é um cidadão, expressou um sentimento”, disse na manhã desta quarta-feira durante inauguração da estação Oscar Freire da linha 4-Amarela do metrô de São Paulo.

Perguntado se aceitaria uma declaração semelhante vinda de um membro do Exército caso fosse presidente, Alckmin desconversou: “Não vou avaliar o ‘se’”

Para o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), a fala do general não pode ser interpretada como uma forma de ameaça aos juízes caso o ex-presidente Lula não seja preso. "General Villas Bôas é acima de tudo um democrata, um defensor da Constituição, da institucionalidade. As palavras que ele postou em seu Twitter são de equilíbrio, de serenidade, mas é alerta de que é preciso respeitar a Constituição."

Sobre o julgamento do habeas corpus do ex-presidente, Alckmin foi genérico. “A lei é para todos. Essa é a lógica da ‘Res publica’. Por mais importantes que sejam as pessoas ninguém está acima da lei.”

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