Jungmann diz que ninguém vai tomar o direito a voto dos brasileiros

Para Ministro da Segurança, não existe nenhuma força  que possa impedir a democracia no país

Bernardo Caram
Brasília

Em tom de pronunciamento à nação, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (5) que “ninguém vai tomar o direito a voto dos brasileiros". Para ele, não existe força relevante no país que possa impedir a democracia.

Em entrevista a jornalistas, Jugmann foi questionado sobre a normalidade da realização das eleições deste ano.

Raul Jugmann durante declaração, em maio de 2017, quando ainda era ministro da Defesa - Eduardo Anizelli/Folhapress

Nesta terça (3), o comandante do exército, general Villas Bôas, disse repudiar "a impunidade". Após a declaração, militares publicaram mensagens de apoio. O general Paulo Chagas chegou a dizer que tem “a espada ao lado” que aguarda as ordens de Villas Bôas.

 

Nesta quarta, Jungmann disse que o comandante do exército é um soldado exemplar, um líder respeitado e um democrata.

“Não houve qualquer intenção do general de fazer qualquer pressão [sobre o STF], porque seria inaceitável e nunca partiria dele nada a respeito de qualquer atalho que se venha a fazer no processo democrático.”

O ministro ressaltou que a democracia pode passar por dificuldades e tropeços, mas, para ele, ninguém vai impedir o processo democrático, porque “não existe nenhuma força relevante, importante hoje que possa estar apostando no sentido contrário”, afirmou Jungamann. 

“Eu, brincando ao ver meu título de eleitor, disse 'vá se preparando, porque logo mais, em outubro, a gente vai, junto com todos os brasileiros, decidir, com muita alegria, qual será o futuro do Brasil, porque isso ninguém vai tomar dos brasileiros e brasileiras.”

Jungmann já foi ministro da Defesa, pasta à qual o exército é subordinado. Hoje, no comando da Segurança Pública, ele não tem mais autoridade sobre os militares. Sob seu comando está a Polícia Federal.

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