Marina diz que remessa de delação sobre Lula a SP cria estranhamento

Pré-candidata evitou fazer críticas mais contundentes a ministros que decidiram o caso

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Pré-candidata Marina Silva (Rede) participa de entrevista à TV Folha
Pré-candidata Marina Silva (Rede) participa de entrevista à TV Folha - Gabriel Cabral - 17.abr.18/Folhapress
Rio de Janeiro

A ex-ministra Marina Silva (Rede), pré-candidata à Presidência, afirmou nesta quinta-feira (26) que cria estranhamento a decisão da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) de retirar do juiz Sergio Moro trechos da delação de executivos da Odebrecht que mencionam o ex-presidente Lula.

“Para a gente é muito difícil entender, porque já havia sido confirmado por duas vezes e agora foi retirado do juiz Sergio Moro. Cria um estranhamento, se já havia sido confirmada por duas vezes”, afirmou ela.

Os ministros decidiram nesta quarta (25) que os trechos sobre Lula devem ser enviados para a Justiça de São Paulo. As consequências da decisão ainda são incertas e podem afetar processos sobre o sítio de Atibaia, as doações ao Instituto Lula e até mesmo a condenação do petista no caso do tríplex no Guarujá.

Marina evitou fazer críticas mais contundentes aos ministros da Segunda Turma que decidiram o caso. Ela disse não ter elementos para dizer que o caro cria insegurança jurídica.

“Cria um estranhamento para a sociedade. O problema é uma política que se descredenciou para mediar os diferentes interesses da sociedade, e que tem que o tempo todo recorrer à Justiça”, disse Marina, após participar de debate promovido pelo Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais), no Rio de Janeiro.

Ela voltou a afirmar que sua candidatura não depende da decisão do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa sobre a entrada na disputa eleitoral.

“O ministro tem o direito de entrar na política. A política brasileira precisa se reinventar e se renovar. Tanto no processo como nas pessoas”, disse Silva.

Questionada sobre se o apoio ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) no segundo turno da eleição de 2014 foi um erro, ela disse: “Com as informações que eu tinha, era o que eu podia fazer. Hoje com as informações que eu tenho, jamais teria apoiado.”

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