Ministro do STJ nega habeas corpus a Paulo Preto, ligado ao PSDB

Ele foi preso no dia 6 de abril sob suspeita de ameaçar delatora de desvios no Rodoanel Sul

O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido com Paulo Preto
O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido com Paulo Preto - Geraldo Magela - 9.mar.2017/Agência Senado
Brasília

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou na sexta-feira (13) habeas corpus ao ex-diretor de engenharia da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, e apontado como operador de recursos do PSDB.

Ele foi preso no dia 6 de abril sob suspeita de ameaçar uma das delatoras de desvios no Rodoanel Sul. Em outras investigações ele é acusado de ser arrecadador de propina para o PSDB, o que nega.

Para o ministro, o decreto de prisão preventiva foi devidamente fundamentado.

Na decisão, o magistrado menciona os indícios de que Paulo Preto estaria ameaçando testemunhas.

"A manutenção da prisão não apenas é necessária em proteção da ré colaboradora, mas também para preservação do livre e espontâneo depoimento das 17 testemunhas arroladas pela acusação, havendo entre elas diversos funcionários da empresa Dersa", escreveu Fonseca.

No processo que resultou na prisão dele, os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo acusam Souza de ter desviado R$ 7,7 milhões entre 2009 e 2011 das obras do Rodoanel Sul, construído durante os governos dos tucanos José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin.

O desvio teria ocorrido, de acordo com os procuradores, no programa de reassentamento de famílias que tiveram as suas casas afetadas pelo Rodoanel Sul. Souza é acusado de incluir empregados de seus familiares que não moravam na rota da estrada.

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