Descrição de chapéu Eleições 2018 Lula pt

Bolsonaro não sabe ouvir crítica, então desrespeita, afirma Alckmin

Os dois pré-candidatos trocaram acusações pelas redes sociais

Thais Bilenky
São Paulo

No dia seguinte em que bateu boca com o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a criticar o oponente na disputa eleitoral.

O pré-candidato tucano Geraldo Alckmin, que bateu boca com Jair Bolsonaro (PSL)
O pré-candidato tucano Geraldo Alckmin, que bateu boca com Jair Bolsonaro (PSL) - Zanone Fraissat - 23.mai.18/Folhapress

“Ele não sabe dialogar. Não sabe ouvir crítica. Então, desrespeita as pessoas”, afirmou Alckmin nesta quinta-feira (24), em São Paulo.

“O que o Brasil precisa é de diálogo. Porque quem for eleito presidente da República vai ter que dialogar para poder fazer avançar um conjunto de reformas de que o país precisa”, disse o tucano.

Na quarta, em sabatina realizada pela Folha, UOL e SBT, o tucano apontou a convergência entre votos de Bolsonaro e do PT, chamando-o de representante do atraso e do corporativismo.

Bolsonaro contra-atacou nas redes. "Geraldo Alckmin me rotula de atrasado por meus votos no passado. Um dos votos que mais me orgulha foi o contra a reeleição de FHC. Não aceitei a propina do seu partido, PSDB. Estou aguardando alguém da sua laia me chamar de corrupto", disse o deputado. 

Nesta quinta, em palestra promovida pela revista Exame, Alckmin disse que, neste período de pré-campanha eleitoral, a cobertura da imprensa é “só fofoca”, embora tenha usado, ele próprio bem como Bolsonaro, as redes para trocar acusações.

O tucano admitiu que “todo mundo gostaria de ter pesquisa mais alta”, referindo-se ao desempenho empacado na intenção de voto

Mas disse ter confiança de que chegará ao segundo turno, já que o eleitor, primeiro, encanta-se com quem se diz “contra tudo” e, depois, opta por “quem vai cuidar do seu dinheiro”.

Educação

Na tarde desta quinta-feira (24), Alckmin anunciou a equipe que elaborará o seu plano de governo para a educação. Os ex-secretários Maria Helena Guimarães de Castro (SP) e Wilson Risolia (RJ) integram a equipe, ao lado de Ana Maria Diniz, filha de Abilio Diniz, mulher de Luiz Felpe D'Avila, coordenador da campanha e presidente do Instituto Singularidades.

O senador Cristovam Buarque (PPS), ex-ministro da Educação, também é colaborador.

Quando assumiu em 2010 a pasta no Rio no governo de Sergio Cabral, hoje preso, Risolia afirmou que pensa em educação como negócio.

Hoje ele reiterou a visão.

“É uma área muito complexa, recursos vultuosos, orçamentos elevados, muitas escolas, merenda, transporte, uniforme. As práticas de gestão de uma empresa você deve usar no setor público também, não há motivo para não fazê-lo”, afirmou.

A equipe do tucano estabeleceu entre suas metas ampliar de 30% para 50% a parcela das crianças de zero a três anos matriculadas em creche até 2024 e reduzir a evasão do ensino médio.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.