Descrição de chapéu STF

Supremo rejeita ampliar foro especial por improbidade

Em 2004, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, recorreu ao STF contra decisão que encaminhava para a primeira instância ação contra ele

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), que em 2004 recorreu ao STF contra uma decisão do então ministro do Supremo Ayres Britto, que encaminhava para a primeira instância ação contra ele
Ministro Eliseu Padilha (Casa Civil), que em 2004 recorreu ao STF contra uma decisão do então ministro do Supremo Ayres Britto, que encaminhava para a primeira instância ação contra ele - Pedro Ladeira - 2.abr.18/Folhapress
Brasília

Por 9 votos a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou nesta quinta-feira (10) a possibilidade de ampliar o foro especial na corte para casos de improbidade administrativa. Com isso, a corte manteve os processos na primeira instância. 

Uma ação de improbidade administrativa contra político pode levar à perda do cargo e à suspensão dos direitos políticos.

Em 2004, o atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, recorreu ao STF contra uma decisão do então ministro do Supremo Ayres Britto.

O magistrado havia mandado para a primeira instância uma ação por improbidade administrativa contra Padilha por suposto ato de improbidade enquanto político era ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso.

O caso começou a ser julgado, mas foi interrompido por pedido de vista (mais tempo para analisar o processo) do ministro Luís Roberto Barroso.

O ministro Teori Zavascki, que morreu em janeiro de 2017 em acidente aéreo, já havia votado a favor do pedido de Padilha. Com isso, Alexandre de Moraes, que o sucedeu na cadeira, não participou do julgamento.

Decano da corte, Celso de Mello não compareceu à sessão. Os outros nove ministros votaram contra o pedido de Padilha.

Na semana passada, o STF restringiu o alcance do foro especial e decidiu manter na corte apenas crimes cometidos durante o mandato e em função do cargo.

Barroso devolveu o processo e abriu a divergência.

“A autoridade pública merece não um privilégio, mas algum tipo de proteção institucional”, afirmou.

Para ele, o Legislativo deveria criar um foro centralizado para as ações de improbidade administrativa para as ações contra os políticos e evitar com que sejam processados em diferentes estados e tenham que ficar viajando para responder os processos. 

Seu voto foi seguido pelos colegas Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e Cármen Lúcia. 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.