O presidente Michel Temer convidou o ex-deputado e ex-senador José Aníbal (PSDB) para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O tucano deve dar uma resposta nesta segunda-feira (7), mas seus aliados relatam que ele deve recusar o posto.
Aníbal manteve boa relação com Temer durante o processo de distanciamento entre o PSDB e o Palácio do Planalto. Ele foi um dos principais defensores da manutenção dos tucanos no governo após a delação da JBS, que atingiu o presidente.
Temer fez o convite no último dia 29, um domingo, em uma conversa com Aníbal em São Paulo.
Foi um gesto de apreço pessoal pelo ex-deputado, mas também um sinal de reaproximação entre o presidente e o PSDB, que pode culminar em uma aliança entre o MDB e o pré-candidato tucano ao Planalto, Geraldo Alckmin.
Aníbal, entretanto, deve recusar o convite por considerar que sua nomeação poderia dificultar essas articulações. Os movimentos do PSDB e do MDB irritaram potenciais aliados de Alckmin que rejeitam essa aproximação, como o DEM. A entrada de um tucano no governo poderia ampliar esse atrito.
Ao convidar José Aníbal para a Secretaria-Geral, o presidente afirmou que gostaria que ele se dedicasse à coordenação de parcerias público-privadas e à interlocução com outros Poderes, entre outras funções.
O comando da pasta, cujo gabinete funciona dentro do Palácio do Planalto, está vago desde a saída de Moreira Franco, que assumiu o Ministério de Minas e Energia em abril. A Secretaria-Geral é um dos principais postos de aconselhamento e articulação do governo.
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