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'A gente não deve usar o Judiciário no reme-reme eleitoral', diz Márcio França

Governador comentou ações que PSDB move contra ele por suposta autopromoção

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São Paulo

Para o governador Márcio França (PSB ), pré-candidato à reeleição, a ação que o PSDB move contra ele por supostamente usar o cargo para autopromoção é "uma coisa até meio infantil".

Na terça (12), o Ministério Público de São Paulo se manifestou favoravelmente ao PSDB numa ação em que o partido acusa França de usar atos oficiais do governo de São Paulo para se promover. Os tucanos  pedem que a Justiça proíba França de falar em eleição “ainda que indiretamente" em eventos públicos.  

A ação acusa o governador de supostamente usar eventos em que assinou convênios para transferir recursos financeiros a prefeituras para falar de sua pré-campanha. 

"Querem que eu vá fazer inauguração tampando o rosto. Eu estou fazendo minha função. Se isso me deixar mais famoso, é um pouco da função",  afirmou ele nesta sexta (15), após anunciar o acordo com o PP para integrar sua coligação.

"Acho que a gente não deve usar o Judiciário para o nosso reme-reme eleitoral. O Judiciáiro não é para isso. Se houver uma coisa muito forte, ilegal... Mas não posso imaginar como vou fazer uma inauguração numa cidade, até o prazo que posso, me escondendo em um saco."

França contou que seu antecessor, o ex-governador e pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), lhe disse que não concorda com as ações judiciais movidas pelo PSDB paulista. Alckmin é presidente nacional do partido.

"Como ele [Alckmin] vai explicar o tempo que esteve, ou o próprio Doria esteve, quando todo mundo que vai fazer assinatura de convênio é filmado? Você não vai lá para aparecer, vai para assinar um convênio e é filmado", disse o pessebista.

França prevê uma polarização com João Doria, pré-candidato do PSDB, nas campanha. Com a definição das alianças do PSB com o PP, nesta sexta (15), e do PSDB com o DEM, na quinta (14), as duas pré-candidaturas aglutinaram o maior tempo de TV na disputa ao governo de São Paulo.

Segundo a última pesquisa Datafolha para a eleição estadual, divulgada em abril, Doria está na liderança, com 29% das intenções de voto. Márcio França apareceu em terceiro lugar, com 8%, empatado com Luiz Marinho (PT). Paulo Skaf (MDB) registrou 20%, porém, até agora, está sem nenhum aliado. 

Ex-prefeito de São Paulo, Doria segue dizendo que não é político, mas gestor. França, por outro lado, toma para si o rótulo de defensor da "boa política". "O discurso de não ser político não é o melhor discurso", afirmou ao anunciar o apoio do PP, ao lado de lideranças do partido como o senador Ciro Nogueira (PI) e o deputado federal Guilherme Mussi (SP).

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