Descrição de chapéu Eleições 2018

Alckmin diz que eleitores saberão separá-lo de Aécio na hora de votar

Presidenciável afirmou que a campanha não começou e que só em agosto as pessoas decidirão em quem votar

Carolina Linhares
Belo Horizonte

O ex-governador de São Paulo e pré-candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB), disse acreditar que os eleitores saberão separá-lo do senador Aécio Neves (PSDB). 

O pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB), que disse que só em agosto os eleitores resolverão em quem votar
O pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB), que disse que só em agosto os eleitores resolverão em quem votar - Miguel Schincariol - 18.jun.18/AFP

Réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção e obstrução de Justiça, Aécio não tem participado dos eventos de pré-campanha de Alckmin ou do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), pré-candidato ao governo de Minas. 

Questionado pela imprensa sobre Aécio atrapalhar, Alckmin respondeu que não se pode subestimar os eleitores.

"O Aécio não é candidato a presidente da República, o candidato vai ser Geraldo Alckmin. O candidato a governador do estado, Antonio Anastasia. É um grande erro subestimar a capacidade de julgamento das pessoas", disse. 

Alckmin afirmou ainda que Aécio está sem protagonismo na política e que cabe a ele decidir se será candidato. 

"Ele vai decidir o que pretende fazer. Não teve nem julgamento ainda. Não está tendo protagonismo político", afirmou. 

Em evento em Tiradentes (MG), na semana passada, Anastasia já havia dito a uma plateia de empresários que "cada um tem seu CPF", mas sem mencionar Aécio. “Cada um responda perante a Justiça pelo que fez. Cada qual tem seu CPF. Uma vez acusado, que responda. Também ninguém pode ser condenado sem provas.”

Alckmin também disse que o PSDB está "super animado" com a campanha e que o partido é o único com alianças partidárias já formalizadas.  O ex-governador vinha sofrendo críticas de aliados sobre a condução de sua pré-campanha

O tucano, que aparece estagnado com 7% das intenções de voto, afirmou que a campanha ainda não começou e que seu patamar é um bom início. "Depois de 31 de agosto é que começa o rádio e a televisão e aí sim se define o voto. O debate, a comparação, a definição de votos".

A uma plateia de prefeitos, vereadores e secretários, Alckmin defendeu reformas, investimento e ampliação da competitividade do país. "A primeira tarefa é voltar a crescer e investir, é confiança", disse.

Segundo ele, a federação brasileira é fraca e só existe no papel. "É preciso descentralizar recursos e competências", afirmou.

Alckmin disse que, se eleito, irá encaminhar em janeiro reformas política, tributária, da Previdência e do estado. Ele propôs simplificar os tributos, transformando IPI, ISS, ICMS, PIS/Cofins em um único imposto, o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). 

Segundo ele, a federação brasileira é fraca e só existe no papel. "É preciso descentralizar recursos e competências. [...] O governo mais importante é o das cidades", afirmou. O pré-candidato defendeu ainda gerar empregos com obras de infraestrutura e investir em educação básica. 

As propostas de descentralização e de reforma tributária também foram defendidas por outros pré-candidatos que participaram do 35º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte.

Também discursaram os pré-candidatos Álvaro Dias (Podemos), Paulo Rabello de Castro (PSC), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). As propostas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram defendidas pelo deputado federal Reginaldo Lopes (PT). 

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