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Alckmin é pressionado por aliados a assumir negociações por apoio

Tucano ouviu de presidente do SD que ele é uma das opções de blocão, que iniciou conversas com PDT

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O  pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), que busca alianças em Brasília
O pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), que busca alianças em Brasília - Ciete Silvério - 12.jun.18/Folhapress
Brasília

Não bastasse a pressão interna que vem sofrendo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) começou a receber recados diretos de aliados de outros partidos para que tome para si a articulação em busca de alianças para sua tentativa de chegar ao Palácio do Planalto.

Na noite de quarta-feira (13), ao chegar a Brasília, o pré-candidato à Presidência encontrou o presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força (SD), e foi cobrado diretamente ainda no cafezinho do aeroporto.

“Sugeri que ele ficasse mais em Brasília. Ele tem que fazer pessoalmente porque os outros líderes dele não conseguem fazer essa articulação com os partidos”, disse Paulinho à Folha.

A cobrança não é apenas do Solidariedade. Apoiadores de Alckmin em legendas como o DEM, por exemplo, reclamam da falta de protagonismo do ex-governador de São Paulo, que se soma à estagnação de todos os pré-candidatos nas pesquisas eleitorais.

Alckmin pediu ao presidente do Solidariedade os telefones dos caciques de PRB, PP e PSC, que formam, junto com o partido e o DEM, um bloco que pretende apoiar um mesmo nome.

O grupo garante um bom tempo de TV a qualquer candidato que apoiar. Juntos, estes partidos têm cerca de 150 segundos. Sozinho, o PSDB tem somente algo em torno de 78 segundos.

Se o bloco não levar adiante a pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que é o mais provável, avalia apoio a Alckmin, a Alvaro Dias (PODE) ou a Ciro Gomes (PDT).

Um apoio ao PDT divide opiniões no grupo, mas é a hipótese que ganhou força nos últimos dias, o que preocupou o tucano.

Ao abordar o assunto com Paulinho, ouviu do deputado que ele é uma das opções e que a definição do grupo deve sair até o final da primeira quinzena de julho.

O ex-governador tentou um encontro com Rodrigo Maia na terça-feira, mas a reunião não havia acontecido até o início da tarde, segundo pessoas próximas aos dois presidenciáveis.

Nesta quinta-feira (14), Alckmin reuniu-se em Brasília com representante do PROS e depois encontrou correligionários na sede do partido. No fim da tarde, segue para São Paulo, onde participa de um evento de uma revista.

De olho nos cerca de 45 segundos do PR, o grupo encabeçado pelo DEM também deixa aberta a possibilidade de apoiar Josué Alencar, filho do ex-vice presidente José Alencar.

O PR encomendou uma pesquisa qualitativa para avaliar se é viável lançar uma candidatura de Alencar, o que aumentaria ainda mais a fragmentação do chamado centro do espectro político.

Com aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, integrantes de partidos de centro lançaram na semana passada um manifesto que, além de acenar com ideais defendidos tanto à esquerda como à direita, cobra uma unidade do campo político em torno de uma só candidatura.

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