Com no máximo 2% no Datafolha, Maia diz não pretender desistir de disputa

Presidente da Câmara afirma que permanência não prejudica alianças nos estados, como pregam tucanos

Daniel Carvalho
Brasília

Mesmo oscilando entre 1% e 2% na pesquisa Datafolha publicada neste domingo (10), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), diz que não está em seu radar deixar agora a disputa pela Presidência da República.

“Continuo achando que nada mudou e que ninguém tem garantia de vaga no segundo turno. Ninguém consegue se colocar como líder no campo de centro-direita”, disse Maia à Folha.

Aliados do deputado admitem que ele não deve oficializar sua candidatura ao Palácio do Planalto entre 20 de julho e 5 de agosto, período das convenções partidárias, mas também não veem motivo para que ele desista agora, já que estaria se cacifando para tentar um terceiro mandato à frente da Câmara.

O próprio Maia rebate a crítica de tucanos que, reservadamente, afirmam que a manutenção de sua pré-candidatura prejudica alianças do DEM com outros partidos pelos estados.

“Não sei onde. Qual o estado? Onde segurei a decisão estadual? Papo furado. Não há um estado que tenha problema”, reagiu Rodrigo Maia.

Em São Paulo, o DEM pode apoiar tanto o governador Márcio França (PSB) quando o ex-prefeito João Doria (PSDB).

PSDB e DEM são aliados também em estados como Bahia, Pará e Alagoas. Em Pernambuco, apoiarão juntos o candidato do PTB. Os dois partidos vão se enfrentar em estados como Goiás e Mato Grosso.

Assim como os demais pré-candidatos, Maia manteve-se no mesmo patamar da pesquisa anterior, de 15 de abril.

Enquanto leva a candidatura de Rodrigo Maia adiante, o DEM também conversa com outros partidos, como PSDB, PDT e PR.

Encabeçados pelo PSDB, representantes de partidos do chamado centro organizaram na semana passada o “Manifesto por um polo democrático e reformista”, com acenos à esquerda e à direita.

O objetivo principal do texto é levar as legendas deste campo político, hoje com pré-candidaturas pulverizadas, a se reunirem em torno de um único nome.

O DEM, que participaria do ato, recuou. Os três deputados do partido que constavam como signatários do documento disseram que não haviam assinado o texto.

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