Descrição de chapéu Eleições 2018

Em ato de Lula em Minas, Dilma tem protagonismo e Pimentel assume tom de campanha

"Uai, uai, que coisa boa. Minas Gerais vai ter Dilma senadora", gritou o público

Contagem (MG)

Num ato programado para o lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) quem saiu protagonista. 

Dilma Rousseff em ato de lançamento da pré-candidatura de Lula
Dilma Rousseff em ato de lançamento da pré-candidatura de Lula, em Contagem (MG) - Douglas Magno/AFP Photo

Ela foi escolhida para ler a carta escrita pelo ex-presidente, preso em Curitiba, aos militantes no evento em Contagem (MG) e foi aclamada aos gritos de senadora, embora não admita a candidatura. 

Em abril, a petista transferiu seu domicílio eleitoral para Minas Gerais, estado escolhido para o ato nacional desta sexta (8), o que a favoreceu. "Uai, uai, que coisa boa. Minas Gerais vai ter Dilma senadora", gritou o público. 

Afirmando que que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) está desmoralizado, o senador Lindberg Farias (PT-RJ) disse que o povo fará justiça a Dilma a elegendo senadora. 

Caso Aécio concorra a reeleição, a disputa presidencial de 2014 será reeditada em Minas para o Senado. O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, porém, já afirmou que Aécio não será candidato neste ano.

"Na terra de seu algoz, Dilma vai entrar pela rampa do Senado e ele não pode pisar na calçada de sua casa", disse o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, fazendo referência a Aécio em seu discurso.

O anfitrião, governador Fernando Pimentel (PT), também teve atenção especial. Aplaudido pelos militantes, lançou um vídeo em tom de campanha à reeleição com o slogan "Muito mais por Minas".

Em seu discurso, propôs que os militantes escrevessem uma carta a Lula. O público, então, passou a repetir seu recado ditado ao ex-presidente, firmando um compromisso de fazer campanha por ele e de encontrá-lo no dia 1º de janeiro, na cerimônia de posse. 

Além da grave crise financeira que assola o estado, Pimentel atravessa uma crise de segurança, com uma onda de ataques do PCC que eclodiu na mesma semana em que o estado se preparava para sediar o evento petista. Além disso, na quarta (6), servidores da segurança invadiram a sede do governo de Minas exigindo melhorias. 

Em fevereiro, o estado de Minas Gerais já havia sido escolhido pelo PT para a realização de um ato nacional em defesa da candidatura de Lula. Sem a presença de Dilma e Haddad, o ex-presidente deu tom de lançamento de pré-campanha ao evento: "estou candidato", disse. 

Contagem, na região metropolitana de BH, embora já tenha sido um reduto petista na administração de Marília Campos (2005 a 2012), hoje é gerida pelo tucano Alex de Freitas. O hotel escolhido foi o mesmo onde o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) lançou sua pré-candidatura ao governo de Minas no mês passado.

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