Inquérito da PF sobre invasão a tríplex criminaliza luta social, diz Boulos

O líder do MTST e pré-candidato à Presidência prestou depoimento à polícia nesta quinta em SP

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Na foto, o pré-candidato do PSOL e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, gesticula com as mãos enquanto fala aos participantes do Encontro Nacional de Prefeitos em Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 8 de maio de 2018
Guilherme Boulos no Encontro Nacional de Prefeitos em Niterói (RJ), no dia 8 de maio - AFP
São Paulo

O inquérito da Polícia Federal que investiga a ocupação por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) do tríplex atribuído a Lula é um sintoma da criminalização das lutas sociais e é uma ameaça à democracia, disse o líder do movimento e pré-candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, nesta quinta (7).

Boulos falou a jornalistas, em São Paulo, após ter prestado depoimento à PF nessa investigação. Em abril, militantes do MTST invadiram por horas o tríplex no Guarujá, em resposta à prisão do ex-presidente. 

"Ação de movimento social tem que ser tratada num debate político, não com criminalização", afirmou.

O líder dos sem teto disse ter relatado à PF que não participou da ação, mas que a apoiava e considerava legítima. O objetivo, segundo Boulos, era denunciar a condenação de Lula pelo juiz Sergio Moro por esse apartamento —e não permanecer no imóvel.

Boulos disse "estranhar a abertura de inquérito sobre a ocupação simbólica de uma propriedade privada sem que haja reclamação do proprietário do imóvel".

Perguntado sobre detalhes do depoimento, ele respondeu que a investigação é sigilosa e que, por isso, ele não poderia dar detalhes do interrogatório.

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