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Paes usou obras para colocar dinheiro no bolso de Cabral, diz Índio

Ex-secretário dos governos Luiz Fernando Pezão (MDB) e do próprio Paes, pré-candidato atacou os antigos aliados

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Rio de Janeiro

O deputado federal Índio da Costa (PSD), pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, afirmou nesta sexta-feira (8) que o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), provável rival na eleição, viabilizou o esquema de corrupção comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral e deputado licenciado Jorge Picciani (MDB), ambos presos.

Ex-secretário dos governos Luiz Fernando Pezão (MDB) e do próprio Paes, Índio atacou os antigos aliados, e afirma que não se sabia a dimensão do esquema de corrupção dos governos do MDB. A declaração foi dada durante sabatina promovida por Folha, UOL e SBT. 

Índio da Costa gesticulando durante entrevista
O pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Índio da Costa (PSD), durante sabatina promovida por Folha/UOL/SBT - Raquel Cunha - 08.junho.2018/UOL/Folhapress


“O Eduardo, se ele roubou ou não, eu não sei. Mas ele deixou roubar. E o esquema era para financiar o Picciani e o Cabral. O Eduardo fez as obras das Olimpíadas. Foi a oportunidade que ele encontrou para colocar dinheiro no bolso do Cabral e do Picciani”, disse Índio.

O deputado usou diferentes temas como trampolim para, no fim, atacar os casos de corrupção da gestão Cabral. Na segurança, disse que a Polícia Civil foi desmontada para não investigar os esquemas ilegais nas secretarias e prefeituras. A política de isenção fiscal a empresas, para ele, tinha como objetivo “pagar a joia da madame”, em referência à ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.

“O modelo do governo do estado e o da prefeitura [na gestão Paes] são iguaizinhos”, disse o deputado, mencionando a prisão do ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto.

Ex-secretário de Infraestrutura da gestão do prefeito Marcelo Crivella (PRB), ele afirmou ter sido “injusto” durante a campanha eleitoral de 2016 ao afirmar que o atual aliado iria lotear a administração com membros da Igreja Universal.

“Fui injusto. Nunca ouvi nenhum pedido de nomeação de um bispo, fiel”, afirmou.

O pré-candidato do PSD buscou apresentar um discurso de austeridade. Declarou que pretende evitar juridicamente o aumento previsto para policiais no ano que vem.

Ele defendeu que o acordo de recuperação fiscal seja revisto, a fim de que abra espaço no orçamento para melhoria de serviços públicos. Para ele, o pacto assinado é “uma brincadeira em relação às necessidades do Rio de Janeiro”.

“O acordo de recuperação fiscal está matando as pessoas nas ruas. Ele não considerou o paciente na fila do hospital, o aluno na escola. É basicamente para pagar os servidores, o que é fundamental. Mas temos que tomar uma decisão entre as corporações e a sociedade”, afirmou.

O próximo pré-candidato a ser entrevistado será o ex-governador Anthony Garotinho (PRP), na segunda-feira (11), seguido dos deputados Tarcísio Motta (Psol), no dia 12 e Pedro Fernandes (PDT), no dia 15.
O PT ainda define entre o ex-ministro Celso Amorim e a escritora Márcia Tiburi o pré-candidato a ser entrevistado no dia 14.

Romário (Podemos) afirmou que só daria entrevistas quando fosse oficializado candidato. Eduardo Paes (DEM) até o momento nega a pré-candidatura e não aceitou o convite.

As sabatinas ocorrem no estúdio do SBT, na zona norte do Rio de Janeiro, sem a presença de público. Começam às 9h e serão transmitidas ao vivo nos sites da Folha, UOL e SBT.

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