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Pré-candidato do MDB em SP exagera rejeição a Doria e erra ao falar de 2014

Agência Lupa checou algumas das declarações de Skaf na sabatina da Folha, UOL e SBT

Sabatina Folha/UOL/SBT com Paulo Skaf, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo MDB
Sabatina Folha/UOL/SBT com Paulo Skaf, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo MDB   - Joel Silva/Folhapress
São Paulo | Agência Lupa

Pré-candidato ao governo de São Paulo pelo MDB, Paulo Skaf participou da sabatina do SBT, Folha e UOL nesta sexta (8). A Lupa checou as declarações.

“O TRE [de São Paulo] aprovou minhas contas [da eleição de 2014] sem ressalvas”
FALSO  Dados disponíveis no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo mostram que as contas da campanha de Skaf em 2014 foram aprovadas “com ressalvas” —diferentemente do que ele afirmou na sabatina. Publicada em 2016, a decisão do TRE indica divergências entre a prestação de contas final, feita ao término da eleição, e a parcial, apresentada durante a campanha. Dezoito doações que apareceram na prestação final não haviam sido informadas no primeiro relatório. Procurado, Skaf disse, em nota, que a ressalva é resultado de uma “questão técnica” sobre o momento em que as doações deveriam ser lançadas. “Tanto é verdade que as contas foram aprovadas.”

“Se ele [João Doria] tivesse cumprido [a promessa de não deixar a prefeitura] não estaria com 60% de rejeição na cidade de São Paulo”
EXAGERADO   Pesquisa do Datafolha sobre as intenções de voto para o governo de São Paulo divulgada em abril mostra que Doria tinha 49% de rejeição na capital paulista. Ex-prefeito pelo PSDB, Doria é o candidato mais rejeitado na capital. Skaf aparece logo em seguida, com 33% de rejeição. O cálculo da rejeição corresponde ao percentual de pessoas que afirmam não votar “de jeito nenhum” em determinado candidato. Procurado, Skaf informou que se referia à pesquisa do Ibope, divulgada no dia 29 de maio, na qual Doria aparece com rejeição de 55% na capital paulista — ainda cinco pontos percentuais a menos do que citado pelo pré-candidato do MDB.

“Na educação, São Paulo acaba tendo avaliações piores do que estados do Nordeste”
EXAGERADO  São Paulo só fica atrás de algum estado nordestino em um dos seis cenários avaliados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), considerados os dois levantamentos mais importantes sobre o assunto. No último Ideb, de 2015, SP teve desempenho melhor do que os nove estados nordestinos nos anos finais do ensino fundamental. Teve nota 5, enquanto Ceará, o segundo colocado, tirou 4,8. O mesmo ocorre no ensino médio: SP teve nota 4,2, e Pernambuco, estado do Nordeste com a nota mais alta, 4. Só na avaliação dos anos iniciais do ensino fundamental SP fica atrás de todos os estados do Nordeste, com 4,2. Sergipe e Maranhão, os piores colocados na região, tiveram 4,6. No Pisa, SP aparece à frente de todos os estados do Nordeste. Em nota, a assessoria de Skaf sustentou a afirmação. “‘Acaba tendo’ não significa estar sempre atrás, significa estar atrás em um ou outro índice”, diz.

“Não pus recursos próprios [na campanha de 2014]”
VERDADEIRO,
MAS  Registros da Justiça Eleitoral mostram que Paulo Skaf teve 491 doadores em sua campanha ao governo e não colocou dinheiro próprio na corrida eleitoral. Mas membros de sua família fizeram doações. Seus filhos André Pamplona Skaf, Antoine Skaf Neto e Gabriel Pamplona Skaf doaram, juntos, R$ 10 mil à campanha do pai, por exemplo. A quantia representa 0,03% dos R$ 29,2 milhões arrecadados. A assessoria do pré-candidato disse que seus filhos “fizeram doações de serviços estimáveis em dinheiro. Não houve doação de recursos materiais”.

Verdadeiro, mas A informação está correta, mas o leitor merece mais explicações.  Exagerado A informação está no caminho correto, mas houve exagero.  Falso A informação está comprovadamente incorreta

Leandro Resende, Nathália Afonso , Natália Leal e Cristina Tardáguila
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