Descrição de chapéu Eleições 2018

Skaf diz que não prioriza alianças e que não será problema caso MDB não forme coligação

Pré-candidato ao governo de SP diz que impopularidade de Temer não atrapalha negociações

Renan Marra
São Paulo

O pré-candidato do MDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, afirmou nesta terça-feira (26) que não prioriza a busca por alianças e que não será um problema caso seu partido não forme uma coligação para as eleições de 2018.

De acordo com o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), há negociações com outros partidos, mas sua campanha não irá atuar à base de troca de favores.

“Quero iniciar a campanha leve e solto, podendo escolher pessoas certas para os lugares certo”, afirmou Skaf após palestra na sede do Secovi, em São Paulo. “Não estou dizendo que vá acontecer mas, na pior das hipóteses, se sairmos sem coligação, vai ser bom também”.

A Folha mostrou nesta terça que, com o presidente da República mais impopular da história, outros partidos resistem em fechar aliança com o MDB na disputa pelo Planalto. Para Skaf, em São Paulo, o índice de reprovação de Michel Temer não resulta em um distanciamento das outras legendas.

“Hoje a imagem de todos os partidos não é boa. Então isso [impopularidade de Temer] não interfere em nada”, afirmou Skaf. Ele disse acreditar que, nesse ambiente, os eleitores votarão nas pessoas, não nos partidos.

Na semana passada, o pré-candidato ao governo pelo PSDB, João Doria, ofereceu uma das vagas ao Senado a Skaf. O emedebista, no entanto, voltou a dizer que não irá deixar a disputa pelo governo.

Skaf deve concorrer pela terceira vez ao Palácio dos Bandeirantes. Em 2010 e 2014, foi derrotado pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Na última eleição, diz, foi prejudicado porque Temer ainda era vice da ex-presidente Dilma Rousseff e “o povo já queria votar contra o PT”.

Mas o emedebista ressaltou que seu desempenho cresceu em cada eleição e lembrou de ações em que participou desde então, como a campanha “Não vou pagar o pato”, criado pela Fiesp e que fez sucesso nas manifestações pró-impeachment de Dilma.

“O pato virou celebridade”, afirmou Skaf em referência ao fato de que a campanha faz parte de uma exposição em um museu de Londres.

Em relação às suas prioridades, o pré-candidato afirmou que, se eleito, irá fazer uma "verdadeira revolução na educação", visando adaptar os jovens a uma realidade de mudanças. Segundo ele, estamos vivendo a 4ª revolução industrial. "Em 10 anos, 50% das profissões que existem hoje deixarão de existir. Não podemos condenar gente ao fracasso por falta de educação”.

Skaf também pretende endurecer as leis penais e quer aumentar a rede de transporte, como hidrovias e o metrô.

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