TSE fará campanha publicitária de combate às fake news, afirma Fux

Ação terá como objetivo ajudar a sociedade a identificar notícias falsas e orientar sobre compartilhamento

O ministro Luiz Fux durante sessão do STF
O ministro Luiz Fux durante sessão do STF - Carlos Moura-12.jun.18/SCO/STF
Ana Luiza Albuquerque
Curitiba

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luiz Fux, afirmou nesta sexta-feira (15) que o tribunal eleitoral fará uma campanha publicitária para conscientizar a população sobre as fake news (notícias falsas).

A campanha terá como objetivo ajudar a sociedade a identificar uma notícia falsa e orientar sobre cuidados no compartilhamento. 

"Não é possível a leitura apenas do título, é importante ler a matéria toda. Se for uma notícia muito dramática, emocionante, tem que ver com o pé atrás. E pensar várias vezes antes de fazer o compartilhamento", disse a jornalistas após palestra sobre o tema no VI Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, em Curitiba (PR).

Segundo Fux, o TSE vai exercer "poder de polícia" no caso de notícias sabidamente inverídicas que causam dano irreparável a uma candidatura.

Ele afirmou que plataformas como o Facebook e o Google já assinaram um compromisso de que, tão logo notificadas pelo TSE, removerão qualquer conteúdo sabidamente falso de suas páginas. O ministro também disse que os partidos políticos assinaram um tratado de não proliferação de fake news. 

"As fake news violam o voto consciente. Nada pior do que o eleitor votar desinformado ou informado por algo que não corresponde à realidade", afirmou.

'DECISÃO PIONEIRA'

Questionado pela Folha sobre a validade da determinação do TSE que derrubou supostas notícias falsas contra a pré-candidata Marina Silva (Rede), Fux afirmou que a decisão foi liminar e que ainda será apreciada no colegiado.

"Foi uma decisão pioneira. O TSE revelou quão enérgico será com essa estratégia maliciosa de vencer uma eleição através da estratégia de denegrir a imagem alheia", disse.

No último dia 7, o órgão decidiu pela primeira vez sobre fake news nas eleições deste ano. A determinação teve como base frases que tratavam suspeitas contra Marina Silva como fato.

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