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Alckmin diz que aliança com o DEM deve ocorrer até fim de julho

Tucano participa de jantar com lideranças do partido na noite desta quarta

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Brasília

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quarta-feira (4) aliança com o DEM, mas disse que a expectativa é que a decisão leve alguns dias para ocorrer.

"Eu acho que não vai haver nenhuma decisão a curto prazo. Essa decisão vai ficar mais para o meio, final do mês de julho", afirmou.

O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, participa de evento da CNI, em Brasília
O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, participa de evento da CNI, em Brasília - Pedro Ladeira/Folhapress

O tucano participa, na noite desta quarta, de reunião com o DEM e partidos do chamado centrão. A avaliação é que as negociações de uma aliança do PSDB com o DEM estão cada vez mais difíceis porque o partido de Rodrigo Maia está dividido.

Enquanto a cúpula quer apoiar Ciro Gomes (PDT), alguns diretórios mais tradicionais defendem a união com os tucanos. 

O DEM encomendou uma pesquisa que mostra que a rejeição ao tucano é alta e as chances de vitória de Ciro são maiores. Esse argumento deve ser usado por Maia para tentar convencer o restante do grupo a apoiar o PDT.

Alckmin participou de encontro na sede da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) na tarde desta quarta-feira, em Brasília.

Questionado sobre a ideia defendida por Jair Bolsonaro (PSL), de ampliar de 11 para 21 a quantidade de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), Alckmin disse que não há razão para fazer isso. 

"Isso é coisa da ditadura, que, para poder ter maioria folgada, queria aumentar o número de ministros", afirmou.

O que pode ser avaliado, segundo o tucano, é a condição do mandato, que é vitalício.

Apesar de defender a necessidade de uma reforma previdenciária, Alckmin evitou detalhar eventual proposta. Ele disse que é necessário ter uma idade mínima e que "é natural" que haja diferença do patamar etário entre homens e mulheres. "O tamanho dessa diferença é uma questão ainda a ser estudada", disse. 

Mais cedo, diante de uma plateia de empresários na CNI (Confederação Nacional da Indústria), ele citou o presidente Donald Trump (EUA) para prometer reduzir o imposto de renda de empresas.

“Vou reduzir o imposto de renda da pessoa jurídica. Veja que nos EUA o presidente Trump reduziu o imposto corporativo. Temos de estimular novos investimentos”, disse.

JANTAR

Durante reunião com o presidente Michel Temer, na noite de segunda-feira (2), João Doria (PSDB) deixou transparecer seu desejo de que Paulo Skaf (MDB) desista de disputar o governo de São Paulo como seu adversário e tente uma vaga ao Senado, ao lado de José Luiz Datena, recém filiado ao DEM.

O ex-prefeito paulista disse que seria bom Skaf "somar" em sua aliança, tirando-o do caminho na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Diante de Temer, do ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) e do presidente do MDB, o senador Romero Jucá (RR), o ex-presidente da Fiesp também deu seu recado: gostaria que Doria dispute o Planalto no lugar de Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano hoje empacado nas pesquisas.

O movimento facilitaria sua campanha ao governo paulista --hoje Doria está em primeiro lugar no Datafolha, com 29%, seguido por Skaf, com 20%.

Participantes da reunião, porém, estão céticos quanto ao andamento de um possível acordo entre PSDB e MDB em São Paulo.

Segundo eles, as conversas foram pouco assertivas e mais protocolares e, já que Doria e Skaf não cedem em nada, o movimento não deve ter nenhum desdobramento concreto.

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