O pré-candidato a presidente da República, Geraldo Alckmin (PSDB), negou que houve racionamento em São Paulo em 2014, quando ele governava o estado.
A uma plateia de empresários mineiros, em Belo Horizonte, ele disse que a falta de chuvas naquele ano foi grave, mas foi superada sem a necessidade de racionamento.
"Passamos por uma seca muito grande em 2014 que não foi fácil. E não teve racionamento, seguramos a peteca e conseguimos ultrapassar", disse.
Na época, porém, Alckmin chegou a admitir que não havia necessidade de decretar o racionamento, pois ele já acontecia na prática. Ele afirmou, em janeiro de 2015, que havia uma restrição hídrica por uma determinação da Agência Nacional de Água de reduzir a retirada de água no sistema Cantareira.
O entendimento era de que o racionamento na Grande São Paulo estava pressuposto, pois partiu de ordem das agências reguladoras. "O racionamento já existe", disse Alckmin em 2015.
Antes disso, durante a campanha de 2014, quando foi reeleito governador, o tucano negou diversas vezes que houvesse racionamento. No entanto, na capital, todos os bairros tiveram redução da pressão de água, o que deixou diversos moradores sem água.
Mesmo em municípios não atendidos pela Sabesp um levantamento da Folha em 2014 identificou 2,1 milhões de paulistas com interrupções no fornecimento de água.
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