Descrição de chapéu Eleições 2018

Após visita, Calheiros diz apoiar candidatura de Lula e critica Meirelles

Também encontraram-se com o ex-presidente senadores como Edison Lobão e Roberto Requião

Ana Luiza Albuquerque
Curitiba

Reforçando oposição à candidatura de Henrique Meirelles (MDB) à Presidência, o senador Renan Calheiros (MBD) afirmou a jornalistas nesta terça-feira (17) que apoia a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. 

 

"Eu apoio o presidente Lula pelas convicções que tenho da inocência dele. A candidatura do Meirelles ficaria muito bem para o banco de Boston, jamais para a Presidência. Ele não é originário do PMDB, é originário da JBS, um candidato do sistema financeiro", disse. 

O senador participou de uma diligência da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado, junto a outros quatro parlamentares, na cela do ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR).

Calheiros disse considerar que a candidatura de Meirelles, com cerca de 1% das intenções de voto, dificulta o desempenho do MDB nos estados. 

"Candidatura à Presidência não adianta enganação, fantasia. Ou você tem candidato ou não. Nunca cruzei com Meirelles nos corredores do partido. Não dá para aceitar essa importação, não somos um centro de inseminação in vitro."

O senador afirmou que é fundamental que opositores de Meirelles se juntem na convenção nacional para impedir a candidatura do ex-ministro e evitar a transformação do MDB em uma legenda de aluguel. "Temos de nos preocupar em reconstruir o MDB no pós-Michel Temer, um governo tenebroso", disse.

Calheiros também defendeu que Lula foi condenado sem provas e que é um preso político, o que se confirmaria pelo bom desempenho do ex-presidente nas pesquisas de opinião. "[A visita] significa, sobretudo, a solidariedade de todos nós ao presidente Lula, por tudo o que ele representa para o nosso país e para cobrarmos que o processo siga o rito da legalidade."

Além de Calheiros, suplente na CCJ, também encontraram-se com Lula os senadores Edison Lobão (MDB), Roberto Requião (MDB), Jorge Viana (PT) e Armando Monteiro (PTB). 

Eles disseram que também realizaram a diligência em outras celas e que falaram com o ex-ministro Antônio Palocci e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque.

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