Descrição de chapéu Eleições 2018

Candidato do PRTB em SP defende máquina menor

O advogado Rodrigo Tavares promete cortar pela metade número de cargos comissionados

Tavares, candidato em SP, ao lado de Levy Fidelix
Tavares, candidato em SP, ao lado de Levy Fidelix - Divulgação
Kelly Mantovani
São Paulo

Candidato do PRTB ao governo de São Paulo, o advogado Rodrigo Tavares, 37, diz que a sigla nanica —presidida pelo novamente presidenciável Levy Fidelix— não teme a cláusula de barreira, que a partir desta eleição criará dificuldades para o funcionamento de partidos que não obtiverem no mínimo 1,5% dos votos. Entre suas bandeiras, está desinchar a máquina estadual.

 

O que pensam da cláusula de barreira? 
Ela é essencial, e é essencial também que a ultrapassemos. Tem que haver sim um limitador. É importante que tenhamos partidos representativos. Hoje existem muitos partidos. O PRTB tem um capilaridade muito grande. Nas últimas eleições municipais, tivemos mais de 400 vereadores, 10 prefeitos e 20 vice-prefeitos. Não tememos a cláusula. 

O sr. tem dito que pretende desinchar a máquina pública. Como pretende fazer isso? 
Primeiro temos que avaliar e reposicionar todas as empresas, fundações e órgãos da administração indireta. É necessário que existam mesmo? Precisamos fazer auditoria. Outra questão é o número de cargos comissionados. Tem que ter uma redução.

Quanto pretendem reduzir? 
No mínimo uns 50%. A tecnologia vai ser uma grande aliada para aumentar a produtividade dos servidores. Aqueles que hoje por falta de estrutura produzem um, vão passar a produzir dois.

Em relação à segurança, quais as suas propostas? 
Precisamos reequipar as polícias e fomentar a autonomia funcional, os agentes executores de ponta precisam ter autonomia nas suas funções. Sentimos que há uma limitação profissional em decorrência da política da segurança pública que adotaram no estado. Mais do que isso, vejo que temos que equipar as polícias militar, civil, técnica e científica. 
De forma especial pensamos em políticas para os jovens. O estado precisa ter um banco nos moldes do extinto Banespa, que funcione com eficiência, bem administrado. Muitas vezes os jovens não conseguem emprego de imediato. Mas o estado poderia financiar algumas atividades voltadas para a juventude. 

Como você avalia as cotas em universidades e Etecs [escolas técnicas]? 
O sistema de cota foi instituído para equilibrar uma situação histórica. Nesse sentido eles cumprem seu papel. É preciso haver uma avaliação para ver o quanto é efetivo. Numa sociedade justa e equilibrada isso não seria preciso, mas, como há, precisa ser avaliado.

Como vê a participação do general [aposentado Antonio] Mourão no partido? 
É importante, um grande quadro que representa boa parte dos anseios populares. Vejo que a sociedade hoje repensa algumas posições e parcela dela o vê como uma figura que representa o que elas esperam.

Como enxergam a direita hoje e a ascensão de candidatos como Bolsonaro?
O PRTB é um partido conservador moderado que está mais à centro-direita. Essas candidaturas são legítimas e atendem a anseios populares, muito na questão da segurança pública e que trazem linhas de organização e tratamento mais efetivo nos índices de violência.

Como avalia a população andar armada? 
A questão também envolve questão popular. Vamos trazer um plebiscito. O partido acha legítimo o cidadão possuir armas, mas, ele é quem precisa decidir.

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