Com gritos de 'Lula livre', grupo joga tinta vermelha na entrada do STF

Segundo seguranças do tribunal, de 20 a 30 manifestantes chegaram ao local em duas vans

Brasília

Um grupo de simpatizantes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva jogou tinta vermelha em uma das entradas do STF (Supremo Tribunal Federal), por volta das 12h30 desta terça-feira (24).

A assessoria de imprensa do Supremo informou que a Secretaria de Segurança do tribunal já tomou providências para apurar o ato. "Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos foram coletadas pela segurança do tribunal e contribuirão para as investigações", informou.

Os manifestantes fizeram uma performance em frente à sede do tribunal com gritos de “Lula livre” e cartazes que simbolizavam a Constituição. Ao final, o grupo arremessou sacos plásticos com tinta vermelha contra o chão da área externa do Salão Branco, por onde os ministros entram para as sessões.

Segundo seguranças do tribunal, de 20 a 30 pessoas chegaram em duas vans para a manifestação. Elas deixaram o local antes de serem abordadas. De acordo com um segurança, parte dos manifestantes usava máscaras e narizes de palhaço.

A entrada do Salão Branco foi isolada e funcionários do tribunal começaram a realizar a limpeza. Os seguranças disseram que o grupo não fez ameaças físicas.

Na última sexta (20), um grupo de simpatizantes de Lula também protestou em frente ao Supremo. Os seguranças suspeitam que sejam as mesmas pessoas.

Lula está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril, depois de ter sido condenado em segunda instância na Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá.

A pena foi fixada em 12 anos e um mês de prisão. O petista nega os crimes e diz ser vítima de perseguição política.

A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) afirmou, em nota, que atos de vandalismo como esse não podem ficar impunes.

"A AMB tem advertido, em diversas oportunidades, para os riscos que a democracia brasileira tem corrido e reitera os seus posicionamentos para denunciar a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça", diz o texto.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.