Descrição de chapéu Folha Informações

Folha Informações faz checagem de mensagens mandadas por leitores

Sugestões de checagem podem ser mandadas por email ou WhatsApp

Redação da Folha de S. Paulo
Redação da Folha de S. Paulo - Lalo de Almeida/Folhapress
São Paulo

Sob o nome Folha Informações, o jornal publicará checagens de informações recebidas de leitores. Internautas poderão enviar textos, fotos e vídeos que acreditem ser falsos para dois canais: o email leitor@grupofolha.com.br e o WhatsApp.

Para se comunicar com o jornal pelo aplicativo de mensagens, salve o número do WhatsApp da Folha (0-xx-11 99486-0293) na sua lista de contatos e nos mande uma mensagem com o conteúdo a ser checado.

Pode ser áudio, vídeo, corrente, imagem ou notícia que circule pelo aplicativo ou por redes sociais, como Facebook ou Instagram. O jornal fará uma seleção do conteúdo a ser checado e publicará o resultado desse trabalho.

Durante a campanha eleitoral, a Folha integrará também o Comprova, coalização de empresas de mídia que checará informações relativas ao assunto.

Em seu novo Projeto Editorial, divulgado em março de 2017, a Folha destaca a relevância do jornalismo profissional para manter nítida a distinção entre notícia e falsidade. O documento argumenta que jornais pautados pelo diálogo pluralista fazem contraponto à intolerância que assola as redes sociais.

A Folha tem o desafio de fazer prevalecer os valores do jornalismo profissional na cacofonia própria do meio digital, em que realidade e rumor tendem a se confundir com igual estridência nos meios digitais.

Entende-se por jornalismo profissional aquele que segue regras técnicas e padrões de conduta que garantem relatos fidedignos de fatos relevantes.

O nome Folha Informações remete a uma seção criada pelo jornal em 1943. Ela surgiu em 22 de julho de 1943, por iniciativa do jornalista e poeta Guilherme Almeida (1890-1969).

Segundo Ana Estela de Sousa Pinto, repórter especial da Folha e autora do livro "Folha Explica Folha" (2012, Publifolha), o Folha Informações, que funcionava por telefone, era uma espécie de Google dos anos 1940 para tirar dúvidas, que variavam da hora certa a “idade do diabo".

O serviço foi criado após uma viagem de Almeida a Montevidéu, no Uruguai. Na ocasião, o ex-diretor da Folha precisava de uma informação e um recepcionista do hotel em que ele se hospedara sugeriu-lhe tirar a dúvida por um serviço de telefone.

Encantando com a eficiência do serviço, Almeida conseguiu implantá-lo na Folha seis anos depois, ainda que desacreditado por Octaviano Alves Lima (1883-1972), então proprietário da Empresa Folha da Manhã -que publicava os jornais Folha da Manhã e Folha da Noite.

No início, o serviço fornecia gratuitamente a hora certa, a função de despertador e o horário dos trens, das 7h às 23h. Com o tempo, passou a informar horários de voos e de navios. Para responder as dúvidas, as telefonistas dispunham de arquivos do próprio jornal, enciclopédias, guias, mapas e dicionários. Para usufruir do serviço, o leitor pagava apenas a ligação.

A forma original criada por Almeida permaneceu em funcionamento até 1992. Única no país, a iniciativa foi elogiada pelo jornal americano Miami Herald. Tamanho sucesso fez o serviço ganhar, em 1962, um quadro semanal no programa Ultralar, da extinta TV Excelsior. A atração fazia um retrospecto das perguntas mais curiosas, sugestivas ou difíceis, como qual o tempo de vida de uma pulga, qual a produção diária de leite de uma baleia em fase de lactação e qual a flor considerada símbolo da Hungria.

O serviço voltou a funcionar em 1993 de forma informatizada. Os leitores ligavam para o número do jornal, que funcionava 24 horas por dia, e ouviam uma gravação com informações como horários de shows, cotação do dólar e resultados da loteria. O recorde de ligações num único dia aconteceu em 15 de fevereiro de 2001, com 20.428 ligações. Canções de participantes do Rock in Rio 3 foram a atração.

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