Mesmo solto, Lula não pode ser candidato a presidente, diz Marun

Ministro diz que 'lei é clara' sobre impedimento após condenação em segunda instância

Talita Fernandes
Brasília

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, disse que a decisão de desembargador do TRF4 (  Tribunal Regional Federal da 4ª Região), de soltar o ex-presidente Lula neste domingo (8), é assunto do Judiciário, mas que ele seguirá impedido de disputar as  eleições de outubro.

"É uma questão do Judiciário. O Executivo não pode se manifestar por isso”, afirmou.

Apesar de dizer que não queria fazer comentários, o ministro comentou que o que gerava questionamento sobre o caso era o cumprimento da prisão após condenação em segunda instância.

Segundo Marun, há dúvidas sobre o tema devido a previsões da Constituição.

“Quanto à candidatura não existe dúvida. A lei é clara: após condenação em segunda instância não pode ser candidato. Não existe a mínima dúvida sobre a impossibilidade de candidatura do Lula”, declarou Marun.

O mais provável é que o Ministério Público Federal recorra da decisão de Favreto, pedindo  que o tribunal reveja a decisão.

Em reação à liminar,  Moro diz que não cumprirá decisão pois desembargador é, segundo ele, incompetente. 

O ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo - Pedro Ladeira/Folhapress

Neste domingo, o desembargador Rogério Favreto, do TRF-4, acatou habeas corpus apresentado na sexta (6) pelos deputados Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, do PT, pedindo que ele fosse libertado imediatamente, pois não haveria fundamento jurídico para a prisão dele.

Segundo o plantonista Luís Felipe Santo, os parlamentares estão agora na sede da Polícia Federal tentando fazer com que a ordem seja cumprida.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.