O ex-líder e um dos fundadores do movimento "Vem pra Rua", Rogerio Chequer, 50, foi lançado nesta quinta-feira (26) pelo Novo como candidato ao governo de São Paulo.
Em seu discurso, o engenheiro de produção e empresário que liderou protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT) se colocou como um soldado de uma tropa de elite que vai livrar o país da velha política e derrubar “políticos safados”.
“Seríamos insanos de acreditar que se continuarmos a fazer as mesmas coisas como esses canalhas estão fazendo até agora vamos ter resultados diferentes. Chega, a gente vai fazer diferente”, afirmou.
Segundo o candidato, falta dinheiro para políticas públicas porque o orçamento está comprometido com alianças políticas e com a criação de um “cabide de cargos”.
À Folha, Chequer fez críticas à gestão de João Doria (PSDB), principal rival na disputa pelo governo, que teria exercido o cargo “com um olho em São Paulo e outro na Presidência”.
Ele afirma que Doria fez acordos na Prefeitura já vislumbrando sua futura campanha. “Não podemos mais ter um político comprometido com um projeto político e não com a sociedade”, disse.
O Novo não fez coligações e não usa recursos do fundo partidário. A vice de Chequer, Andrea Menezes, diz que o diferencial é a filosofia do partido, que depende das doações dos filiados e o trabalho desenvolvido por voluntários. “Temos um compromisso com o cidadão e queremos que ele possa cobrar de seu político a atitude que espera”, disse.
Para atingir o eleitorado, a estratégia é usar o “boca-boca da tecnologia”, por meio de grupos de WhatsApp e redes sociais, que segundo Chequer é muito maior do que o tempo de TV comprado pela velha política.
A convenção do partido foi realizada na zona sul de São Paulo e também lançou um candidato ao Senado, 51 candidaturas à Câmara dos Deputados e 50 à Assembleia Legislativa de São Paulo.
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