O juiz Marcelo Bretas substituiu nesta segunda-feira (27) a prisão domiciliar da ex-primeira-dama do Rio de Janeiro Adriana Ancelmo pelo uso de tornozeleira eletrônica.

A decisão foi tomada após pedido da defesa da advogada, com a concordância do Ministério Público Federal. O magistrado considerou que ela não responde a mais nenhuma ação penal na primeira instância —ela foi condenada nos quatro processos sob responsabilidade de Bretas e recorre das sentenças.

"Entendoque decorreu  lapso  temporal considerável  desde  a  decretação  das medidas  cautelares  sem  que  houvesse notícias  do  seu  descumprimento, demonstrando cooperação  com  o  regular andamento  processual", escreveu o magistrado.

A ex-primeira-dama foi presa preventivamente em dezembro de 2016, sob acusação de lavar dinheiro do ex-governador Sérgio Cabral (MDB) por meio de seu escritório de advocacia e compra de joias.

Bretas autorizou no início do ano passado que ela cumprisse a medida cautelar em casa por ter um filho menor do que 12 anos, benefício previsto em lei.

Ela e o marido abriram mão de seus bens para a Justiça Federal a fim de obter uma redução nas penas, embora não confessem os crimes que lhe são atribuídos.

Eles entregaram cerca de R$ 35 milhões em bens, entre imóveis e depósitos em contas bloqueadas. Parte do patrimônio será leiloado na próxima semana.