A Mesa Diretora da Câmara adiou nesta quarta-feira (8) a decisão sobre a cassação do processo do deputado Paulo Maluf (PP-SP), após um pedido de vista coletiva.
Nova reunião foi convocada para a terça-feira (14).
Segundo o corregedor da Casa, Evandro Gussi (PV-SP), a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin determinando a cassação do mandato de Maluf é "muito difícil de se compreender".
Ele afirmou ter pedido uma audiência com o ministro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também deve se encontrar com a presidente do tribunal, Cármen Lúcia, para discutir o caso do deputado.
A cassação pela Mesa pode ocorrer em caso de número de faltas superior a um terço das sessões, segundo a Constituição.
Gussi argumenta, porém, que como Maluf está com mandato suspenso, não são contadas faltas. Seu suplente, Junji Abe (PSD-SP) exerce o mandato.
"A Câmara tomou uma decisão sensata de fazer o adiamento, até para que o próprio presidente e o corregedor possam pegar mais informações junto ao STF", afirmou o advogado de Maluf, Antonio Carlos Castro, o Kakay.
Atualmente, Maluf cumpre prisão domiciliar em São Paulo, e está com o mandato suspenso.
Ele foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro.
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