O material de campanha de Rodrigo Pacheco (DEM), candidato ao Senado em Minas Gerais, não incluiu o número do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) na chamada "cola". Embora indique o voto no candidato ao governo da coligação, Antonio Anastasia (PSDB), deixa em branco o espaço para presidente.
Alckmin, ao contrário de Anastasia, também não aparece nas fotos dos demais panfletos de campanha de Pacheco.
O democrata chegou a realizar convenção para se lançar candidato ao governo mineiro, mas cedeu à pressão de caciques tucanos e aderiu à campanha de Anastasia como candidato ao Senado.
Seu escritório de campanha, que teve que ser reformulado com a nova propaganda para senador, ainda traz em uma parede a frase que sempre usava para defender a candidatura ao governo: "Tenho direito de apresentar uma alternativa política a Minas".
Em fala à imprensa, Pacheco negou que a falta do número de Alckmin seja sinal de mágoa por ter saído da disputa em prol de Anastasia.
"Essa foi uma definição obviamente de agência de marketing juntamente com a nossa equipe de trabalho. Mas obviamente que o candidato a presidente da República desta coligação é Geraldo Alckmin, nós trabalharemos nesse sentido. Até porque essa convergência foi muito em razão desse apelo nacional, porque o meu partido aderiu à candidatura de Geraldo Alckmin, nós temos que respeitar isso, obviamente nós temos também esse compromisso", disse.
A estratégia de deixar o espaço de presidente em branco também busca angariar votos de deputados da coligação que não necessariamente apoiam Alckmin e de eleitores mineiros que pretendem votar em outros candidatos a presidente, mas apoiam a coligação tucana no estado.
Pesquisa Datafolha desta quarta-feira (22) mostra que Anastasia lidera para o governo de Minas com 29% das intenções de voto. Em relação à Presidência, Lula (PT) lidera com 41% e Alckmin tem 4% entre os mineiros.
Entre os candidatos a Senado, Pacheco soma 6% das intenções de voto. (Carolina Linhares)
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