Descrição de chapéu Eleições 2018

Com oposição dividida, governador do Piauí tenta quarto mandato

PT lança chapa pura com a vice Regina Sousa, petista histórica e companheira sindical de Wellington Dias

Yala Sena
Teresina

Com bloco de nove partidos, o governador Wellington Dias (PT) tenta o quarto mandato no Piauí. De acordo com pesquisa do Ibope, o petista tem 61% dos votos válidos e venceria no primeiro turno.

No estado, o PT lança chapa pura tendo como vice a senadora Regina Sousa, petista histórica e companheira sindical de Dias.

Entre os aliados está o MDB com candidatura ao Senado do deputado federal Marcelo Castro, ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff. O presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, tenta a reeleição, na chapa de Wellington Dias.

Com o maior tempo no rádio e na TV, o governador terá mais de quatro minutos para prestar contas do seu terceiro mandato (2014 a 2018) e das gestões anteriores entre os anos de 2003 a 2010.

Wellington Dias enfrenta gargalos como o impacto da operação da Polícia Federal na Secretaria Estadual de Educação sobre licitação no transporte escolar, além da falta de recursos e questionamentos da oposição sobre empréstimos com a Caixa Econômica Federal.

Dias tem números a seu favor como a redução do analfabetismo em 44%, a elevação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no estado que passou de 0,4 (baixo) para 0,64 (médio), além de manter a tabela de pagamento em dia e ter saldo positivo de emprego no ano de 2017.

Do núcleo petista próximo ao ex-presidente Lula, Wellington Dias segue vinculando suas ações eleitorais e administrativas às imagens do principal líder do partido. Preso ou solto, Lula estará presente na campanha eleitoral de Dias.

Na campanha deste ano, a oposição sai fragmentada. As três coligações adversárias têm como líderes o deputado estadual Luciano Nunes (PSDB), o senador Elmano Férrer (Podemos) e o deputado estadual Dr. Pessoa (Solidariedade).

A estratégia da oposição é fragmentar as candidaturas e provocar um segundo turno nas eleições. O acordo dos adversários ao governador é puxar um segundo pleito e saírem unidos na nova disputa ao governo do estado.

A capital piauiense é comandada há cerca de 20 anos por gestões consecutivas do PSDB. No entanto, esse prestígio eleitoral dos tucanos não é transferido para candidaturas à Presidência da República. 

Além do PT, Wellington Dias conta com o apoio de oito partidos, entre eles o MDB, PR, PP, PTB, PC do B e PDT

Luciano Nunes tem como aliados o DEM e PSB. Dr. Pessoa integra candidatura com PMN, PPL, PRB e PTC. O senador Elmano Férrer vai para a campanha com Avante, Patriota, PHS, PPS, PRP, PV e Rede.

Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Piauí tem 2,3 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições de 7 de outubro.

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