Defesa de Maluf diz que deputado pode renunciar e Câmara adia decisão sobre cassação

Decisão sobre o mandato do parlamentar foi tomada pelo ministro do STF, Edson Fachin

Angela Boldrini
Brasília

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados adiou novamente a decisão a respeito da cassação do mandato do deputado Paulo Maluf (PP-SP), em prisão domiciliar. 

O motivo foi a sinalização da defesa do parlamentar de que ele pode renunciar ao mandato nesta semana. O advogado de Maluf, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a decisão é “personalíssima” e que deverá ser tomada pelo deputado até a próxima terça-feira (21). 

“Eu sequer discuti isso com ele, vou a São Paulo amanhã discutir essa vontade dele”, afirmou Kakay. 

Ele negou que a apresentação dessa possibilidade agora seja uma maneira de protelar a decisão pela cassação determinada pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal). 

Se Maluf não for cassado neste ano, terminará o mandato e o processo será arquivado por término de legislatura. Atualmente, ele está suspenso por ato da Mesa Diretora. 

"Não é uma questão de beneficiar alguém, é uma questão técnica", afirmou o corregedor da Câmara, Evandro Gussi (PV-SP). 

Maluf foi condenado pelo tribunal a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro, mas foi autorizado a cumprir prisão domiciliar por motivos de saúde. 

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