Doria visita creche e diz que não zerou fila por falta de dinheiro

Em campanha na zona sul, ele disse que atual governador toma atitudes que prejudicam SP

Artur Rodrigues
São Paulo

Em campanha pela zona sul de São  Paulo, o candidato ao governo estadual pelo PSDB, João Doria, visitou na manhã desta quarta-feira (22) uma creche e citou questões financeiras para justificar o fato de sua gestão como prefeito não ter cumprido promessa de zerar a fila de espera por vagas. 

Ele também afirmou que seu índice de rejeição é compreensível por ter deixado a prefeitura para concorrer ao governo e voltou a atacar Márcio França (PSB), afirmando que ele toma atitudes que prejudicam a cidade.

Doria foi até uma creche inaugurada por sua gestão, CEI Guarapiranga 1, para falar sobre o assunto. Após visitar as instalações do local, anunciou que, se eleito governador, criará um programa denominado Nossa Creche para ajudar os municípios a criarem as unidades, por meio de convênios.  

O tucano culpou a falta de dinheiro para justificar o não cumprimento da promessa de zerar a fila da creche enquanto era prefeito.

"Existem filas, mas foram reduzidas. Temos o menor índice de filas historicamente dos últimos 30 anos", disse. "[A fila em São Paulo] não foi zerada por dificuldades financeiras. O município de São Paulo, assim como os demais municípios, tem dificuldade. Por isso mesmo que agora à frente do governo do estado nós vamos contribuir, colaborar, investir junto às prefeituras municipais para reduzir o déficit", disse.

João Doria visita creche na zona sul durante campanha ao governo de SP
João Doria visita creche na zona sul durante campanha ao governo de SP - Divulgação

Doria também comentou pesquisa Datafolha que mostra que ele está na liderança da disputa pelo governo, com 25% das intenções de voto e cinco pontos acima do segundo colocado, Paulo Skaf (MDB). A despeito disso, também é o campeão em rejeição. De acordo com o Datafolha, 32% do eleitorado paulista não votaria em Doria de jeito nenhum. 

"Há cinco meses estamos liderando pesquisas. Essa é a nona pesquisa", disse. "Em relação à rejeição é compreensível, em face de termos deixado a prefeitura de São Paulo. Vamos revertendo à medida que pudermos explicar à população as razões da nossa saída", disse.  

Entre estes motivos, diz ele, está a integração entre prefeitura e governo no caso de uma vitória sua. "A falta de integração entre estado e município prejudica o município. Haja vista inclusive iniciativas do governo Márcio França que prejudicaram flagrantemente a cidade de São Paulo e a gestão do Bruno Covas por posturas equivocadas tomadas recentemente", disse. 

Doria exemplificou citando ações de França que atrapalham a concessão do estádio do Pacaembu e do parque Ibirapuera. 

Sobre o embate constante com França, ele negou que se trate de uma estratégia de campanha. "Não há nenhuma estratégia de confronto. Nosso objetivo é estabelecer propostas de governo", disse. 

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