Em campanha pela zona sul de São Paulo, o candidato ao governo estadual pelo PSDB, João Doria, visitou na manhã desta quarta-feira (22) uma creche e citou questões financeiras para justificar o fato de sua gestão como prefeito não ter cumprido promessa de zerar a fila de espera por vagas.
Ele também afirmou que seu índice de rejeição é compreensível por ter deixado a prefeitura para concorrer ao governo e voltou a atacar Márcio França (PSB), afirmando que ele toma atitudes que prejudicam a cidade.
Doria foi até uma creche inaugurada por sua gestão, CEI Guarapiranga 1, para falar sobre o assunto. Após visitar as instalações do local, anunciou que, se eleito governador, criará um programa denominado Nossa Creche para ajudar os municípios a criarem as unidades, por meio de convênios.
O tucano culpou a falta de dinheiro para justificar o não cumprimento da promessa de zerar a fila da creche enquanto era prefeito.
"Existem filas, mas foram reduzidas. Temos o menor índice de filas historicamente dos últimos 30 anos", disse. "[A fila em São Paulo] não foi zerada por dificuldades financeiras. O município de São Paulo, assim como os demais municípios, tem dificuldade. Por isso mesmo que agora à frente do governo do estado nós vamos contribuir, colaborar, investir junto às prefeituras municipais para reduzir o déficit", disse.
Doria também comentou pesquisa Datafolha que mostra que ele está na liderança da disputa pelo governo, com 25% das intenções de voto e cinco pontos acima do segundo colocado, Paulo Skaf (MDB). A despeito disso, também é o campeão em rejeição. De acordo com o Datafolha, 32% do eleitorado paulista não votaria em Doria de jeito nenhum.
"Há cinco meses estamos liderando pesquisas. Essa é a nona pesquisa", disse. "Em relação à rejeição é compreensível, em face de termos deixado a prefeitura de São Paulo. Vamos revertendo à medida que pudermos explicar à população as razões da nossa saída", disse.
Entre estes motivos, diz ele, está a integração entre prefeitura e governo no caso de uma vitória sua. "A falta de integração entre estado e município prejudica o município. Haja vista inclusive iniciativas do governo Márcio França que prejudicaram flagrantemente a cidade de São Paulo e a gestão do Bruno Covas por posturas equivocadas tomadas recentemente", disse.
Doria exemplificou citando ações de França que atrapalham a concessão do estádio do Pacaembu e do parque Ibirapuera.
Sobre o embate constante com França, ele negou que se trate de uma estratégia de campanha. "Não há nenhuma estratégia de confronto. Nosso objetivo é estabelecer propostas de governo", disse.
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