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Eduardo Paes quer se reunir com equipe da Lava Jato do Rio durante a campanha

Intenção é discutir criação, se eleito, da Secretaria de Integridade Pública para combater a corrupção

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O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM)
O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (DEM) - Henry Romero - 1.dez.16/Reuters
Rio de Janeiro

O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), candidato ao governo do Rio de Janeiro, quer se encontrar com integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato do estado para discutir a criação, se eleito, da Secretaria de Integridade Pública e Transparência.

A pasta seria a responsável por evitar e identificar casos de corrupção como o que ocorreu na gestão do próprio Paes na capital (2009 - 2016). O ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto foi preso após investigações da própria Lava Jato.

“Mesmo com esses controles [existentes], não se evitou que se acontecesse um caso de corrupção, já comprovada, na Secretaria de Obras. No caso do estado nem se fala, o grau de corrosão que isso gerou na máquina pública, naquilo que eu chamo de princípio mínimo de autoridade”, disse Paes, após reunião no Ministério Público estadual sobre o mesmo tema.

O ex-prefeito é a única liderança do antigo MDB-RJ que ainda não foi atingida pelas investigações da Lava Jato do Rio. O ex-governador Sérgio Cabral, o presidente afastado da Assembleia Legislativa Jorge Picciani, e outros dois deputados estão presos em razão das apurações da força-tarefa.

Paes, contudo, já foi citado nas delações dos executivos da Odebrecht como beneficiário de caixa dois de campanha, e do marqueteiro Renato Pereira, por fraude em licitações e também por contribuições eleitorais não contabilizadas.

“Nenhuma delação me acusa de desvio ou de propina. Isso é um fato. Não tem constrangimento nenhum. Tenho convicção de não ter praticado nenhum ato desses. Por isso estou aqui, me candidato a governador, por isso defendo com muita honra o meu governo”, disse o ex-prefeito.

Paes defendeu o uso do teste de integridade por parte da futura pasta, técnica propostas pelo Ministério Público Federal no pacote das “dez medidas contra a corrupção”.

“A força-tarefa é um exemplo fantástico de identificação desses casos. Tem uma experiência acumulada ali que a gente pode conseguir criar mecanismos”, disse ele. O candidato afirmou que pretende procurar outras entidades que trabalham com o tema, como a Transparência Internacional e a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Durante o lançamento de sua candidatura, Paes não mencionou a corrupção como um dos temas de seu futuro governo. Ele afirmou que a ausência não foi proposital e que pretende atuar para evitar casos em sua futura gestão, se eleito.

"Eu fui aliado do governador Cabral. Lamento profundamente que ele tenha entrado pelo caminho que resolveu percorrer. Está pagando caro por isso. Eu respondo pela prefeitura do Rio de Janeiro, inclusive dos meus subordinados, ainda que não tenha participação nenhuma. Tenho mais constrangimento de explicar o Alexandre Pinto do que coisa de Cabral", disse ele.

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