Descrição de chapéu Eleições 2018

'Faremos o que é certo', diz Barroso, sobre distribuição de relatoria do caso Lula no TSE

Advogados do petista pedem que sua candidatura seja analisada pelo ministro Admar Gonzaga

Letícia Casado
Brasília

O ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), disse nesta quinta (16) que a corte vai resolver a questão do responsável pela análise da candidatura de Lula.

"Faremos o que é certo", disse Barroso.

O ministro Luis Roberto Barroso durante sessão do STF.
O ministro Luis Roberto Barroso durante sessão do STF. - Pedro Ladeira - 12.jun.2018/Folhapress

Logo depois que a equipe de Lula fez o registro da candidatura à Presidência, no fim da tarde de quarta (15), os candidatos a deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), uma das lideranças do MBL (Movimento Brasil Livre), e Alexandre Frota (PSL-SP), apresentaram ações no TSE contestando o petista. Os casos foram direcionados ao ministro Admar Gonzaga.

No entanto, o processo do registro de Lula ainda não havia gerado um número para ser distribuído para um relator —que deve analisar os documentos e decidir se a candidatura é válida. Esse processo foi sorteado para Barroso.

Conforme antecipou a colunista Mônica Bergamo, a defesa de Lula questiona distribuição do registro da candidatura para Barroso. Seus advogados pedem que caso fique com ministro Gonzaga.

Há no tribunal um entendimento de que as contestações feitas antes do sorteio do relator do registro da candidatura se configuram em uma tentativa de impedir o registro, e não uma contestação de fato —que seria ação formal depois da publicação do edital e da definição do ministro responsável pelo caso. Por outro lado, há quem defenda que a relatoria deveria ser direcionada a Gonzaga, que já analisava os questionamentos contra Lula.

A contestação feita pela procuradora-geral foi endereçada ao ministro Barroso.

De acordo com o TSE, até o momento os casos "estão tramitando com relatores diferentes de acordo com o sorteio, uma vez que entraram como processos distintos". O tribunal informou ainda que "é preciso aguardar os próximos passos para sabermos se serão juntados".

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