Descrição de chapéu Eleições 2018

Isolado após articulações de Lula, Ciro Gomes se diz 'o cabra marcado para morrer'

Candidato do PDT perdeu o apoio do PSB e do centrão na corrida presidencial

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Isolado na corrida presidencial, Ciro Gomes, candidato do PDT, afirmou que sabia "bastante bem" que "era o cabra marcado para morrer". "Trabalham juntos, para me isolar, o PMDB, do Temer, o PSDB, do Alckmin, e o PT, do Lula", disse. Com críticas à legenda do ex-presidente, preso em Curitiba desde abril, Ciro foi o terceiro entrevistado do Central das Eleições, programa da GloboNews, nesta quarta (1º).  

"A burocracia do PT não está pensando no país. Eles simplesmente não querem que eu seja o candidato que vá representar uma renovação do pensamento progressista brasileiro. Mas eu não sei se eles vão conseguir porque eles têm ai um negócio muito maravilhoso, que é o povo", disse Ciro, que reiterou ter apoiado Lula nos últimos 16 anos —"não faltei nenhum dia".

Pouco antes da entrevista, as cúpulas do PT e PSB decidiram sacrificar candidaturas estaduais em nome de um pacto nacional que levará ao isolamento de Ciro. Em meados de julho, após longo tempo de indefinição, a cúpula do centrão, então dividida entre apoiar o PSDB e o PDT, decidiu-se pelo candidato tucano

​No programa, Ciro afirmou que acredita ser injusta a condenação de Lula, mas que também considera o comportamento do PT "hostil a sorte do povo brasileiro". 

"Virou baderna. Baderna, não, virou religião. Agora, o companheiro Stédile [líder do MST] chamou seis camaradas para fazer greve de fome. Vai lá, companheiro, morrer ai. Na minha opinião, isso não é política, é caudilhismo do mais barato", afirmou. 

Nesta terça-feira (31), manifestantes que pedem a libertação do ex-presidente Lula anunciaram o início de uma greve de fome em ato no STF (Supremo Tribunal Federal). Após lerem um manifesto, seis ativistas foram retirados da frente do prédio por seguranças da corte. 

Durante a entrevista, Ciro também se defendeu das críticas ao seu estilo verborrágico, mas admitiu que a postura pode prejudicá-lo. 

"Eu não sou candidato a madre superior do Brasil, eu sou candidato a presidente do Brasil", disse após insistentes perguntas sobre seu temperamento. 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.