Descrição de chapéu Eleições 2018

'Não sou candidato profissional', diz Meirelles em referência a Alckmin

Nome do MDB ao Planalto diz que políticos tradicionais apelam a falatório pouco eficiente

Marina Dias
Brasília

O candidato do MDB ao Planalto, Henrique Meirelles, fez nesta terça-feira (14) um ataque velado ao seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) tentar legitimar o discurso de que é o mais experiente para comandar o país a partir de 2019. Meirelles disse que não é "candidato profissional" e que é preciso "não se deixar enganar pelo palavrório".

"Não existe mágica, a vida é feita de trabalho duro, não de falatório. Não sou um candidato profissional", afirmou Meirelles, durante evento em Brasília com empresários do setor de comércio e serviços. 

E seguiu: "Só fui candidato um vez, a deputado federal [em 2002], mas nem exerci o mandato. Fui convidado pelo ex-presidente Lula para assumir a presidência do Banco Central".

Durante seu discurso de cerca de uma hora, Meirelles não citou nominalmente o tucano, mas, depois do evento, disse a jornalistas que a afirmação poderia ter Alckmin como destino final.

"Me refiro àqueles que são candidatos constantes a presidente. Já não é a primeira vez que ele [Alckmin] se candidata". Esta é a segunda vez que o tucano disputa o Planalto. Em 2006, perdeu no segundo turno para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorria à reeleição.

Empacado com 1% das intenções de voto, o ex-ministro da Fazenda do governo Michel Temer tem o desafio de deslanchar nas pesquisas ao mesmo tempo em que tenta se desvencilhar da imagem do presidente mais impopular da história —segundo o Datafolha, 82% consideram a gestão emedebista ruim ou péssima.

Meirelles avalia que pode conquistar votos do espólio de Alckmin, identificado também com políticas econômicas liberais.

Aos empresários, o candidato do MDB tentou explicar, sem muitos detalhes, propostas para a recuperação da economia e investimentos em saúde, educação e segurança pública, mas seu esforço principal foi se colocar como o personagem mais preparado para assumir o Planalto.

Disse que, nos cem primeiros dias de governo, se eleito em outubro, vai fazer as reformas tributária e da Previdência e dar um "choque de produtividade" no país.

Sua prioridade, afirma, é fazer o país voltar a crescer e gerar empregos. "Com todas as reformas e trabalho duro, trabalho sério, isso é possível".

"Peço a confiança de vocês para construir o Brasil do tamanho dos nossos sonhos", completou.

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