Descrição de chapéu Eleições 2018

No Rio, Alckmin desconversa sobre maioridade penal

Campanha do presidenciável mira o adversário Bolsonaro

Alckmin em campanha no Rio de Janeiro
Alckmin em campanha no Rio de Janeiro - Luísa Leite/Folhapress
Luisa Leite
Rio de Janeiro

​O candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) desconversou ao ouvir os apelos de uma moradora de Duque de Caxias (RJ), onde esteve na manhã desta quinta (30), de que, "por favor", o candidato reduzisse a maioridade penal. Sem entrar no assunto, o presidenciável respondeu apenas “entendo”, e seguiu caminho.

Alckmin quer marcar posição em relação ao seu adversário Jair Bolsonaro (PSL), à sua frente nas pesquisas de intenção de voto. Em campanha publicitária divulgada nesta manhã, Alckmin mira Bolsonaro ao defender que “Não é na bala que se resolve” os problemas do país.

O candidato tucano caminhou pelo centro comercial da cidade na Baixada Fluminense, foi abordado por transeuntes e cumprimentou lojistas, com pedidos de selfies, e ouviu solicitações do moradores. Uma delas pediu a ele que, se eleito, tomasse medidas “com urgência” para diminuir a violência na região.

Alckmin afirmou ainda que sua proposta de zerar o déficit público em dois anos não será feita com aumento de impostos.

De acordo com o presidenciável, é possível cumprir o prometido apenas com ajustes no gasto. “Vamos atuar no corte da despesa, como fizemos em São Paulo, e analisando os incentivos. Temos R$ 280 bilhões de incentivos que vamos passar um pente fino para verificar quais efetivamente se justificam”, afirmou. 

Segundo o candidato, a retomada da economia e a simplificação tributária também atuarão no ajuste. “Vamos substituir gradualmente cinco impostos pelo Imposto sobre Valor Agregado”, afirmou. Ele também disse que a proposta do PSDB para a reforma da Previdência não contemplará a desvinculação do salário mínimo. 

Durante a caminhada, Alckmin voltou a afirmar que propostas sem apoio da maioria no Congresso é “conversa fiada”. A fala o contrapõe candidato, que conta com o apoio do centrão, a Jair Bolsonaro (PSL), que tem obtido melhor desempenho nas pesquisas.

Alckmin disse que conta com o apoio dos parlamentares para aprovar medidas consideradas impopulares, como a reforma da Previdência e o ajuste de gastos.

“Todos que estão conosco estão comprometidos”, afirmou, quando questionado se a redução do número de ministérios poderia afastar os parlamentares. “Não vai, porque todo mundo sabe o que eu fiz em São Paulo”.

Ele ainda chamou sua campanha publicitária de uma peça de “esperança”.

Acompanhado da candidata ao Senado Aspásia Camargo (PSDB) e do deputado Áureo Lídio (SD), Alckmin parou em um quiosque para um café —mas ouviu da vendedora que o produto havia acabado. Então, seguiu para mais duas lanchonetes. 

Ao final do comício, que durou cerca de uma hora, Alckmin se declarou o “candidato da Baixada Fluminense e de Duque de Caxias” em breve discurso antes de seguir para o aeroporto. Aproveitou para tirar uma foto com uma camisa do Santos. “Acho que vai trazer sorte”, disse. 

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