PF prende substituto de Nuzman na Rio-16 e investiga FGV

Edson Menezes é suspeito de ter pago propina para preparar edital na gestão de Sérgio Cabral

Italo Nogueira
Rio de Janeiro

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (16) Edson Menezes, ex-superintendente do Banco Prosper e ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio. Ele é atualmente presidente do comitê organizador da Rio-16, e tem como função finalizar as atividades da entidade, repleta de dívidas.

Ele é suspeito de ter pago propina para atuar na preparação do edital de leilão da folha de pagamento dos servidores estaduais na gestão de Sérgio Cabral.

Edson Figueiredo Menezes, então presidente do banco Prosper
Edson Figueiredo Menezes, então presidente do Banco Prosper - Leo Pinheiro - 30.ago.2007/Folhapress

O banco Prosper foi subcontratado da FGV (Fundação Getúlio Vargas), contratada para fazer a consultoria ao estado no leilão. A entidade de ensino é investigada no caso.

O vencedor do leilão foi o Bradesco, não citado na apuração.

Em delação premiada, Carlos Miranda, apontado como gerente da propina de Cabral, disse que Menezes prometeu pagar R$ 6 milhões para atuar no negócio. O depoimento do colaborador foi revelado pela TV Globo na terça-feira (14).

Segundo Miranda, apenas parte da propina foi paga em dinheiro. O banco Prosper faliu e Menezes honrou outras parcelas com vinhos que abasteciam a adega do ex-governador em Mangaratiba.

Menezes é amigo do ex-presidente da Rio-16 Carlos Arthur Nuzman e ganhou assento no Conselho Diretor da entidade. Com a prisão do cartola, acusado de comprar votos no COI (Comitê Olímpico Internacional), ele acabou assumindo o comando da entidade.

Com uma dívida que supera R$ 200 milhões, a entidade tenta se reorganizar sua contabilidade para tentar alternativas para pagar credores. A Rio-16 faria uma última tentativa junto ao COI para obter apoio financeiro.

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