Prevendo polarização, Alckmin culpará PT por desemprego

Tucano prometerá prosperidade e dirá que Ana Amélia é 'empoderamento'

Thais Bilenky Igor Gielow
Brasília e São Paulo

Prevendo a reedição do duelo entre PT e PSDB na eleição presidencial deste ano, o tucano Geraldo Alckmin responsabilizará o adversário pelo desemprego que assola o país na convenção que o oficializará candidato neste sábado (4).

“Foram exatamente as bravatas e o radicalismo que criaram a coincidência que sintetiza a herança trágica que o governo petista nos deixou: 13, o número do partido que lá esteve por 13 anos; pois bem, são hoje 13 milhões o número de famílias brasileiras atiradas ao desemprego”, dirá.

“Vamos mudar a maneira de se fazer política neste país para que nunca mais façam o que fizeram com a política”, continuará, segundo trechos do discurso antecipados pela Folha.

Segundo o IBGE, o país atingiu a marca de 13,2 milhões de desempregados (12,7%) em abril.

A promessa de melhorar a vida do eleitor é o alicerce da campanha de Alckmin. O tucano promete dobrar a renda do brasileiro e gerar empregos com obras de infraestrutura.

Ao mesmo tempo em que antagoniza com o PT, sua fala é também uma tentativa de se firmar como nome confiável para conquistar votos de eleitores que, na reta final, desistirão de Jair Bolsonaro (PSL), temendo uma imprevisibilidade de seu eventual governo.

Na convenção, Alckmin se colocará mais uma vez como o candidato da conciliação, em ambiente polarizado.

“Aliás, é a eleição de um país que alguns teimam em tentar dividir. Não podemos nos dividir, porque uma nação dividida não multiplica empregos, saúde, educação, segurança”, discursará. 

 

“Um país dividido não multiplica felicidade. Eu quero ser presidente para juntar o país. Afinal, somos filhos de uma mesma nação.”

Alckmin afirma que a frase que definirá seu eventual mandato será: "vamos mudar o Brasil e devolver aos brasileiros a dignidade que lhes foi roubada". O tucano alertará para a gravidade do momento, mas acena com um "futuro de prosperidade". 

Ele se dirigirá à vice da chapa, Ana Amélia: "o seu apreço pela verdade é a marca dos que entram na vida pública para lutar sem descanso, e, assim, melhorar a vida dos cidadãos".

O tucano ainda defende que Ana Amélia é o "verdadeiro novo". "Em seu primeiro mandato, ela já fez muito mais do que muitos que fingem há décadas não serem políticos", afirmará. Segundo Alckmin, ela é "o empoderamento". 

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