O diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, morreu nesta terça-feira, aos 61 anos, em São Paulo, vítima de um câncer iniciado no pâncreas. Abaixo, cronologia da vida do jornalista, ensaísta e dramaturgo.
1957 Em 7 de junho, nasce Otavio Frias Filho, primeiro filho de Octavio Frias de Oliveira e Dagmar de Arruda Camargo
1962 Octavio Frias de Oliveira (1912-2007), pai de Otavio, torna-se proprietário da Folha, em sociedade com Carlos Caldeira Filho (1913-1993)
1974 Otavio participa de reunião em que seu pai e o jornalista Cláudio Abramo, que dirigia a Redação, detalham a estratégia de abrir as páginas do jornal a articulistas de oposição à ditadura
1975 Entra na Faculdade de Direito da USP e passa a frequentar diariamente o jornal, tornando-se assistente de Cláudio Abramo. Em 1977, passa a fazer parte da equipe de editorialistas e, em 1978, assume a função de secretário do recém-criado Conselho Editorial do jornal
1980 Ingressa no curso de pós-graduação em ciências sociais da USP
1983 Lidera a campanha do jornal pelas Diretas Já. Completa os créditos do mestrado na área de antropologia
1984 Em 24 de maio, torna-se o diretor de Redação da Folha. Implanta o Projeto Folha, torna público o projeto editorial do jornal e o “Manual da Redação”
1990 É processado na Justiça Criminal, com outros três jornalistas da Folha, pelo então presidente Collor
1991 Publica seu primeiro livro, “Tutankaton”. É autor e coautor de mais de 10 livros, entre ensaios sobre cultura, peças teatrais (quatro delas encenadas), reportagens ensaísticas e obras infantojuvenis
1991 Recebe o prêmio Maria Moors Cabot de jornalismo, da Universidade Columbia (EUA)
1992 Obtém vitória em processo movido pelo ex-presidente Collor. "Típico Romântico", peça de sua autoria, é encenada em São Paulo. Em 1993 foi encenada "Rancor" e, em 1995, "Don Juan"
1994 Torna-se colunista da página 2 do jornal, onde publica textos semanalmente até 1999
2010 Torna-se pai pela primeira vez, de Miranda. Sua segunda filha, Emilia, nasce em 2017
2016 Passa a escrever mensalmente no caderno Ilustríssima
2018 É encenada no teatro Oficina adaptação de seu texto “O Terceiro Sinal”
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