O candidato ao governo de Minas Antonio Anastasia (PSDB) questionou na Justiça uma propaganda do governador Fernando Pimentel (PT), seu adversário, por associá-lo à imagem do senador Aécio Neves (PSDB).
Na propaganda, pessoas na rua respondem à pergunta: "Pensa rápido: qual é a primeira palavra que te vem à cabeça quando eu digo...". Em seguida, as pessoas respondem o que associam à goiabada: queijo, doce de leite. Ou ao café: leite, doce. Depois, a palavra é Anastasia —e as respostas são todas Aécio Neves.
No pedido ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, a campanha de Anastasia pede a suspensão a propaganda que considera irregular.
"Isto porque, conforme se verificará, não há qualquer participação do Representado [Pimentel] na inserção impugnada, tratando-se de uma inserção única e exclusivamente com o uso de cenas externas e em uma tentativa de ligar a imagem do Representante [Anastasia] à imagem de Aécio Neves", diz a campanha tucana.
Nesta sexta (8), o TRE-MG pediu que a defesa de Pimentel se manifeste antes de tomar decisão.
Réu acusado de corrupção e obstrução de Justiça, Aécio não tem aparecido nos eventos de campanha de Anastasia e tampouco em suas propagandas. O senador desistiu da reeleição e concorre a deputado federal, mantendo agendas discretas de campanha.
Em outra decisão, também tomada a partir de uma ação proposta por Anastasia, o TRE-MG determinou na quinta (6) que o PT suspendesse a divulgação de uma propaganda da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata ao Senado.
A campanha tucana argumenta que a peça publicitária aponta Anastasia como autor de um golpe "violento, descarado e contra a vida". A campanha de Dilma associa o senador ao impeachment, já que ele foi relator do processo no Senado.
"Da mídia anexada com a inicial extrai-se que na propaganda, concomitantemente, foram divulgadas imagens de violência, de repressão a manifestações populares e de pessoas sendo agredidas ou já feridas, inclusive sangrando, sendo todas associadas à figura do candidato a Governador, Antônio Augusto Junho Anastasia. [...] Há, inclusive, dizeres do "golpe" sobrepostos à imagem do representado", escreveu a juíza Cláudia Costa Cruz Teixeira Fontes.
A juíza concluiu que a propaganda "extrapola a chamada estratégia ofensiva" e determinou a suspensão sob pena de multa de R$ 10 mil.
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