No terceiro programa eleitoral no rádio e na TV, transmitido nesta quinta-feira (6), a campanha presidencial do PT fez a defesa de Luiz Inácio Lula da Silva como candidato, apesar da decisão do TSE que barrou o ex-presidente.
Fernando Haddad se apresenta como vice-presidente da chapa e afirma que, como advogado de Lula, pode dizer que ele é vítima de um projeto injusto. Haddad cita a decisão do Comitê dos Direitos Humanos da ONU, que defendeu o direito do ex-presidente disputar as eleições, mas diz que o TSE decidiu agir na contramão ao negar o registro da candidatura.
Segundo o ex-prefeito de São Paulo, a perseguição ao PT teve início em 2014, quando "Michel Temer traiu Dilma Rousseff, uma mulher honesta, e se juntou ao PSDB para tomar o poder".
O provável substituto de Lula na disputa seguiu fazendo críticas ao governo de Temer, citando o corte de recursos, aumento do preço dos combustíveis e a volta do Brasil ao mapa da fome. Haddad finaliza dizendo que o partido usará até o último recurso para ter Lula candidato.
O programa termina com a fala do ex-presidente, que diz que é preciso devolver o poder de consumo à população. "Só tem um jeito para o Brasil: é a gente voltar a acreditar no povo", diz.
No sábado (1º) a candidatura de Lula foi barrada pelo TSE, que determinou que ele não pode aparecer como candidato na propaganda eleitoral. Desde então, o partido tem usado o espaço para defender o petista.
Na TV, ao lado da imagem do ex-presidente, aparece a frase "Lula apoia Haddad vice". A decisão do TSE proíbe o PT de apresentá-lo como candidato à Presidência da República.
Com o objetivo de liberar a candidatura de Lula, os advogados do ex-presidente apresentaram entre terça (4) e quarta-feira (5) um recurso e dois pedidos de liminar ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Entretanto, na madrugada desta quinta o ministro Edson Fachin negou o recurso para suspender a inelegibilidade de Lula e manter sua candidatura.
Empatados tecnicamente segundo pesquisa Ibope desta quarta-feira (5), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PDSB) focaram seus programas em promessas para geração de empregos. Já Marina Silva fez um discurso contra o sistema do “poder pelo poder”.
Ciro disse que pretende fazer um plano emergencial, para assim gerar oportunidades de trabalho e aquecer a economia do país. Já o programa de Alckmin destacou o trabalho da mulher do candidato, Lu Alckmin, como presidente do Fundo Social de Solidariedade em São Paulo.
A propaganda narra o encontro da esposa de Alckmin com um beneficiado por um programa do da ex-primeira dama de São Paulo. O candidato tucano usa a história para defender políticas de formação profissional. "Mais apenas do que dar o pão, ensinar a fazer", diz o ex-governador de São Paulo.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.