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Criticada, vice de Ciro apaga manifestações polêmicas de rede social

Nas mensagens antigas, ela defendia direitos humanos para 'brasileiros brancos' e 'escola sem partido'

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Brasília

Em mensagens antigas, publicadas nas redes sociais, a hoje candidata a vice-presidente do PDT, Kátia Abreu, cobrou a defesa dos direitos humanos a "brasileiros brancos" e defendeu que os livros didáticos não podem ser "panfleto das ideias" do PT.

As manifestações, recentemente apagadas, foram escritas entre 2011 e 2013, quando a senadora era filiada ao MDB, não era ainda amiga da ex-presidente Dilma Rousseff e presidia a CNA (Confederação Nacional da Agricultura).

Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa de Kátia, hoje filiada a um partido de centro-esquerda, esclareceu que as mensagens foram escritas há mais de cinco anos e apagadas porque "estavam sendo utilizadas fora do contexto a fim de expor a candidata".

Senadora Kátia Abreu (PDT-TO), candidata a vice na chapa de Ciro Gomes
Senadora Kátia Abreu (PDT-TO), candidata a vice na chapa de Ciro Gomes - Pedro Ladeira - 07.ago.2018/Folhapress

Nos últimos dias, internautas, a maior parte eleitores de candidatos adversários a Ciro Gomes, enviaram mensagens à senadora com cobranças sobre posicionamentos antigos escritos por ela no site de microblogs Twitter.

Em duas mensagens publicadas em dezembro de 2013, após o desaparecimento de três homens em território indígena em Humaitá (AM), ela questionou se os direitos humanos no país só valem para os cidadãos que são índios.

"Espero que todos os que defendem os direitos humanos também se manifestem em favor dos brasileiros brancos", escreveu.

Na época, ela cobrou posicionamentos da Funai (Fundação Nacional do Índio), do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e do MPF (Ministério Público Federal). "Só funcionam para brasileiros índios. [Para] Brasileiros não índios, nada!", escreveu.

Em janeiro de 2010, após o lançamento da terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos, ela afirmou que o então governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou a iniciativa para "ressuscitar seus demônios de um socialismo radical e totalitário". "Viva a democracia! Liberdade! Lei", acrescentou.

No ano seguinte, em janeiro de 2011, já durante o governo de Dilma Rousseff, ela defendeu uma "escola sem partido". "O livro didático não pode ser panfleto das ideias [do] PT", disse.

Desde a confirmação da senadora como candidata a vice-presidente, Ciro e Kátia têm manifestado posicionamentos divergentes sobre diferentes temas, como porte de armas no campo, fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e projeto de transposição no rio Tocantins.

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