Uma semana depois do início do horário eleitoral gratuito, o candidato a governador paulista Paulo Skaf (MDB) cresceu de 20% para 23%, empatando tecnicamente com João Doria (PSDB), que se manteve com 25% das intenções de voto.
A primeira pesquisa Datafolha feita depois da propaganda eleitoral ir ao ar mostra ainda crescimento de 4% para 8% do governador Marcio França (PSB), que tem o segundo maior tempo de televisão, atrás apenas de Doria.
França está em terceiro lugar, empatado tecnicamente com Luiz Marinho (PT), que registrou 5%.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos (o nível de confiança é de 95%). O instituto ouviu 2.030 pessoas no estado de São Paulo de terça (4) a esta quinta (6). A pesquisa, encomendada pela Folha e a TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (nº SP 07990/2018).
A candidata Professora Lisete (PSOL) marcou 2% e Major Costa e Silva (DC), 2% e Os demais candidatos tiveram 1% ou menos.
Com a propaganda no ar no rádio e na TV, a parcela de eleitores sem candidato recuou de 37% para 30%.
Entre esse grupo, a opção pelo voto nulo ou branco se reduziu de 26% para 22% e a de indecisos, de 11% para 8%.
No mais recente levantamento, o Datafolha não aferiu a intenção de voto em eventual segundo turno. A pesquisa anterior foi feita em 20 e 21 de agosto.
Na disputa pelas duas vagas no Senado, Eduardo Suplicy (PT) se manteve à frente, com 30%, seguido por Mário Covas Neto (Podemos), com 18%. Vêm atrás Major Olímpio (PSL), com 11%, e Mara Gabrilli (PSDB), com 8%.
Após renunciar ao mandato de prefeito 15 meses depois de assumi-lo para concorrer nas eleições, Doria continua com a rejeição mais alta entre os postulantes.
No cômputo geral no estado, 33% dos eleitores dizem que não votarão de jeito nenhum no tucano, sendo que na capital paulista a taxa (47%) é quase duas vezes maior que no interior (25%).
Marinho (24%) e Skaf (23%) têm rejeição similar, na frente de França (17%).
A disputa pelo voto azul entre Doria e Skaf, presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo,) é acirrada em diferentes extratos.
Eles estão tecnicamente empatados no interior (25% a 23%, respectivamente), na capital (24% a 26%) e na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado previamente (10% a 7%).
O tucano abre vantagem em municípios com até 50 mil habitantes (24% a 14%), entre eleitores com 60 anos ou mais (28% a 22%) e entre os mais ricos (30% a 25%).
Os dois crescem entre os homens (29% e 26%).
Entre o total de eleitores paulistas, 55% disseram que ainda podem mudar de ideia ao longo da campanha eleitoral, sendo que os simpatizantes de Skaf estão mais propensos a isso (59%) do que os de Doria (54%).
Na primeira semana de horário eleitoral, os candidatos de modo geral priorizaram a apresentação de suas biografias e projetos.
Mas, nos confrontos diretos em debates televisivos, Doria tem sido o principal alvo de ataques dos oponentes.
França polariza com o tucano ao bater na tecla de que, ao deixar a prefeitura, ele não cumpriu a palavra.
O atual governador reforça a associação de Skaf ao MDB de Sérgio Cabral e de Michel Temer, e outros oponentes mencionam que ele é o candidato do presidente.
Já o tucano ataca o PT, Marinho e o ex-presidente Lula.
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