Em SP, Doria e Skaf seguem empatados; Márcio França vai a 14%, diz Datafolha

Nas simulações de 2º turno, candidato do MDB continua à frente dos adversários

Gabriela Sá Pessoa
São Paulo

João Doria (PSDB) e Paulo Skaf (MDB) continuam tecnicamente empatados na disputa ao governo de São Paulo, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (28). Doria oscilou de 26% para 25% e Skaf manteve os 22% que registrou na sondagem anterior, do dia 20.

O governador Márcio França (PSB), candidato à reeleição, está isolado em terceiro lugar na corrida ao Palácio dos Bandeirantes: foi de 11% para 14%, seguindo tendência de alta nas duas pesquisas anteriores do instituto.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos (o nível de confiança é de 95%). O instituto ouviu 2.101 pessoas presencialmente em 65 municípios do estado de São Paulo de quarta (26) a sexta (28). A pesquisa, encomendada pela Folha e a TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (nº SP 07221/2018).

Luiz Marinho (PT) oscilou de 6% para 5% das intenções de voto. Major Costa e Silva (DC) foi de 2% para 3% e Professora Lisete (PSOL) manteve os 2%. Os demais candidatos tiveram 1% de menções dos eleitores.

A nove dias do primeiro turno, o número de eleitores que não têm candidato oscilou para baixo  —hoje, são 23% e, na pesquisa anterior, eram 25%. Desse universo, 15% declararam voto em branco (antes eram 17%) ou nulo e 8% permaneceram indecisos.

Nas projeções de segundo turno, Skaf continua à frente de seus adversários. 

O presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) venceria Doria por 41% a 36%. Antes, o placar estava 40% a 36%). Nesse cenário, brancos ou nulos continuaram 20%.

 

Skaf também derrotaria França, por 41% a 35% —na pesquisa anterior, o resultado seria 43% a 29%. Brancos e nulos são 20%, antes eram 22%.

As simulações de segundo turno também apontam vitória de Doria sobre França por 41% a 34% (era 42% a 32%).

 
O atual governador, hoje, derrotaria apenas Luiz Marinho numa segunda rodada do pleito, por 45% a 21%.
 

O tucano, ex-prefeito de São Paulo, continua com a maior rejeição entre os oponentes: 38%. Skaf e Marinho não teriam o voto de 27% dos eleitores e França, de 17%.

Na capital, ​ 49% dos entrevistados disseram não votar de jeito nenhum no ex-prefeito paulistano. Na região metropolitana de São Paulo, a rejeição de Doria é de 39% e no interior, de 31%.

 Os demais candidatos mantêm patamares semelhantes de reprovação tanto na capital como em outros municípios. À exceção de Luiz Marinho, que não teria o voto de 33% dos paulistas da região metropolitana de São Paulo, área que inclui São Bernardo do Campo, reduto petista que administrou de 2009 a 2016.

Estratégias

Desde antes do início oficial da campanha, Doria e França, que dividem o palanque do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, têm concentrado a artilharia entre si.

 
Doria começou o ano apelidando o governador de Márcio Cuba, numa tentativa de associá-lo à esquerda, enquanto o pessebista busca o eleitorado do PSDB que está ressentido com o ex-prefeito paulistano.

O candidato tucano ao governo se coloca como a referência antipetista no estado, atacando Lula e o presidenciável Fernando Haddad, seu antecessor na Prefeitura, nos debates televisivos. 

Ele tentou colocar França desse lado da disputa no último final de semana, quando exibiu na TV um vídeo que associava o governador ao PT mostrando imagens antigas do pessebista ao lado de Lula.

No meio do caminho, tucano e pessebista buscam colar a imagem Skaf ao governo do impopular presidente Michel Temer, seu companheiro de MDB.

Nesta semana, a campanha do presidente licenciado da Fiesp, motivada pelos ataques que recebeu de Doria, divulgou um vídeo em que chama o tucano de mentiroso, mostrando imagens dele negando que deixaria a prefeitura de São Paulo.

Doria, Skaf e França durante debate
Doria, Skaf e França durante debate - Eduardo Anizelli-19.set.18/Folhapress

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