General Mourão chama de fake news boato sobre urnas disseminado por filho de Bolsonaro

Publicação em rede social diz que TSE entregou códigos de segurança das urnas para a Venezuela

Guilherme Seto
São Paulo

Vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) desmentiu com veemência um boato disseminado pelo filho do presidenciável, o vereador Carlos Bolsonaro, sobre fraude nas urnas eletrônicas.

Durante palestra de Mourão na Associação Comercial de São Paulo nesta terça (18), um espectador perguntou se os códigos de segurança das urnas haviam sido enviados para a Venezuela. O boato foi compartilhado por Carlos Bolsonaro em suas redes sociais nesta terça-feira (18).

O general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, durante debate no Secovi-SP (Sindicato do Mercado Imobiliário), nesta segunda (18)
O general Hamilton Mourão, vice de Jair Bolsonaro, durante debate no Secovi-SP (Sindicato do Mercado Imobiliário), nesta segunda (18) - Danilo Verpa/Folhapress

"Não [é verdade]. É fake. Isso aí é fake news, lógico. Minha gente, pelo amor de Deus. Os coitados dos venezuelanos não tem nem o que comer, pô", disse o general.

Em sua postagem, Carlos diz que o Tribunal Superior Eleitoral entregou códigos de segurança das urnas eletrônicas para a Venezuela e negou acesso para auditores brasileiros.

Na segunda (17), Mourão já havia pedido para que as falas de Bolsonaro sobre possíveis fraudes nas urnas eletrônicas fossem relevadas em função da "fragilidade" decorrente do estado de saúde do presidenciável. Ainda assim, o general disse acreditar que eventualmente as urnas precisarão de um comprovante impresso do voto.

Nesta terça (18), a presidente do TSE, Rosa Weber, disse que os equipamentos são "absolutamente confiáveis".

"Temos 22 anos de utilização de urnas eletrônicas não há nenhum caso de fraude comprovada. As pessoas são livres para expressar a sua opinião, mas quando essa opinião é desconectada com a realidade, nós temos que buscar os dados da realidade", disse Rosa Weber.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.