Descrição de chapéu Eleições 2018

Não pode o próximo presidente ser problema, diz Alckmin no litoral paulista

Tucano alfinetou Bolsonaro e diz que vai chegar ao segundo turno

Klaus Richmond
Santos

Em visita a Santos nesta segunda-feira (10), o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o próximo presidente não pode ser um problema, em resposta a pergunta sobre disputa eleitoral com Jair Bolsonaro (PSL).

"Precisamos separar as coisas. Uma coisa é o candidato sofrer um atentado covarde, vil. Nossos votos de pronta recuperação. Outra coisa é eleição", disse o tucano. "O Brasil já tem problemas demais, o brasileiro. também. Não pode o próximo presidente também ser problema. Precisamos de equilíbrio, diálogo e união nacional para fazermos reformas inadiáveis".

O ex-governador paulista defendeu que conseguirá chegar ao segundo turno e vencer as eleições, o que, diz, será uma boa notícia para a economia. "E quero fazer rum prognóstico para vocês. Se ganharmos a bolsa passa de 100 mil pontos e o Brasil vai crescer ano que vem 4% porque o Brasil tem espaço para crescimento desde 2013 extraordinário, precisa ter confiança. Se não tiver confiança, não tem investimento".

O tucano minimizou a repercussão sobre o vídeo em que o candidato a governo de seu partido João Doria declara que Bolsonaro está no segundo turno por conta do atentado que sofreu na última quinta-feira, quando foi esfaqueado em Juiz de Fora.

"Não vi [o vídeo], mas também não me preocupa. Aliás, se for verificar a própria eleição do João Doria, neste momento da campanha ele nem iria para o segundo turno em São Paulo. No entanto, quando veio a eleição [para prefeito] ganhou no primeiro turno", disse. "As decisões são na chegada, o que é prova da maturidade do eleitor. Ele vai refletir, refletir e refletir para depois decidir".

O atual governador, Márcio França (PSB), um dos adversários dos tucanos para o governo paulista nestas eleições, chegou às 19h, uma hora depois de Alckmin, para participar de evento do setor portuário, Santos Export Brasil, com prefeito, deputados e outros políticos presentes.

Em sua fala, Alckmin fez elogios a França. "Agradeço ao Márcio França pela sua generosidade. Há uma frase de [G.K.] Chesterton que diz que há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos, mas que o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que perto dele todos pudessem se sentir grandes. Você é um grande homem, Márcio França".

Em ato de Doria e Alckmin juntos, em Taubaté (SP), há um mês, o ex-prefeito foi o último a falar, depois do presidenciável.

Já em seu discurso, o governador França citou seus dois principais adversários no pleito. "Pessoalmente não tenho problemas com o Dória, já disse que admiro a competência dele na área empresarial, mas me frustrei como eleitor dele, quando votei nele e ele deixou a capital, disse a ele que teria uma consequência grave. Não tem esse lado simpatia na disputa", afirmou o governador.

Também comentou entrevista de Paulo Skaf (MDB) em TV local de que o porto funcione em tempo integral e seja mais eficiente. "Vi a fala do Skaf que o porto tem que abrir 24 horas, achei esquisito. Demonstra um grau de desconhecimento muito comum aos dois. Ambos [Doria e Skaf] são empresários bem sucedidos, mas entendem pouco de administração pública. Penso que falar isso não é atacar, mas apenas esclarecer". 

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