Descrição de chapéu Eleições 2018

'Não tem o menor interesse para a população', diz Alckmin sobre aliados que migram para Bolsonaro

Candidato está otimista com o segundo turno

Os tucanos Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin tomam café em padaria na periferia de Belo Horizonte
Os tucanos Antonio Anastasia e Geraldo Alckmin tomam café em padaria na periferia de Belo Horizonte - Carolina Linhares/Folhapress
 
Belo Horizonte

O candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, minimizou as manifestações de apoio a Jair Bolsonaro (PSL) por parte da coligação tucana em Minas Gerais, durante caminhada na periferia de Belo Horizonte nesta quinta (27). 

"Não tem a menor importância. Infelizmente, no mundo inteiro, não só no Brasil, a cobertura de imprensa é a futrica da corte. Isso ocupa um espaço enorme, não tem o menor interesse para a população", disse.

Marcos Montes (PSD), candidato a vice na chapa de Antonio Anastasia (PSDB), que concorre ao governo, afirmou que é preciso dar as mãos a Bolsonaro caso Alckmin não chegue ao segundo turno. 

Anastasia reagiu: "Ele se referia a uma hipótese que não vai se configurar".

Candidato ao Senado na chapa, Dinis Pinheiro (SD) já gravou vídeo com Bolsonaro em apoio mútuo.

Dinis e o outro candidato ao Senado da coligação, Rodrigo Pacheco (DEM), não estavam presentes, mas foram saudados por Alckmin no início de sua fala à imprensa.

Havia, porém, claque de Pacheco e apenas duas bandeiras de Dinis.  

"Isso já foi esclarecido, está superado, nós continuamos crescendo e temos uma das menores rejeições", continuou Alckmin sobre as traições.

O tucano voltou a se colocar como terceira via entre os mais bem colocados nas pesquisas, Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), espaço que disputa com Ciro Gomes (PDT). 

"Chegando no segundo turno, é o caminho pra derrotar o PT. Também não acredito no caminho do Bolsonaro. Cada bala disparada do revólver da maldade do Bolsonaro atinge a população", disse, lembrando a fala do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão (PRTB) contra o 13º salário.

Questionado sobre a entrevista do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) à Folha, afirmando que o partido deve parar de criticar Bolsonaro e voltar-se contra o PT,  Alckmin disse que atinge ambos.

"O Fernando Henrique colocou bem, precisamos evitar a insensatez", disse.

Alckmin mostrou otimismo com o segundo turno, dizendo que nos últimos dias "mudou o cenário, mudou a rua, mudou o humor". 

Ele ainda listou propostas de saúde e segurança antes de começar a caminhada por comércios populares do Barreiro, cercado de seguranças e apoiadores.  

Foi o primeiro compromisso de rua de Alckmin em BH. Após andar um quarteirão e meio, entrou numa padaria onde comeu pão de queijo e tomou café.

 Na padaria, houve um grito de "Lula livre", abafado por "Fora, PT" e "vai pra Cuba" de apoiadores tucanos. 

Da padaria, Alckmin entrou na van e se despediu.  Ele seguiu para São José do Rio Preto (SP). Mais cedo, em São Paulo, o tucano foi vaiado aos gritos de Bolsonaro em evento evangélico. 

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