O percentual de eleitores que vão votar nulo, em branco ou em nenhum candidato chegou ao menor índice nesta eleição para presidente —10%, ante uma taxa de 22% registrada na pesquisa Datafolha de 20 e 21 de agosto. É o que mostra o levantamento divulgado nesta sexta-feira (28).
O número de eleitores nessa categoria vem caindo paulatinamente. A queda no percentual coincidiu com a definição de Fernando Haddad como o candidato do PT. Ele foi oficializado como o postulante da sigla em 11 de setembro.
No levantamento da semana passada, o índice de nulo/em branco/nenhum era de 12%.
Na primeira pesquisa feita neste ano, sem os candidatos totalmente definidos, a intenção de votos nulos ou em branco chegava a 32% em cenários sem o ex-presidente Lula (PT), àquela altura já condenado em segunda instância pela Justiça, mas ainda solto.
Na comparação com outras eleições, a quantidade registrada agora, a uma semana do primeiro turno, é o dobro da verificada na mesma época de 2014. Naquele ano, 5% dos eleitores votariam em branco ou anulariam o voto nessa fase da campanha.
Análises feitas ao longo dos últimos meses associavam a rejeição aos políticos e o desgaste de autoridades na Operação Lava Jato à alta dos votos nulos. A crise de representação é apontada como um dos fatores responsáveis pelo fenômeno.
Grande parte dos que disseram ter feito uma das três opções se mostrou convicta da decisão: 68% falam que estão totalmente decididos sobre a escolha e 32% dizem que ainda podem mudar o voto.
Dividindo por faixa de renda os que agora anulariam, votariam em branco ou se ausentariam, o percentual é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (11%) e vai caindo até chegar a 3% no grupo que tem renda superior a dez salários.
Em relação ao gênero, as mulheres são a maior parte nessa categoria (12%). O percentual entre os homens é mais baixo (7%).
Ainda de acordo com o levantamento, 5% das pessoas não sabem o que fazer na urna eletrônica para anular seu voto.
Num segundo turno entre os dois primeiros colocados hoje —Haddad e Jair Bolsonaro (PSL)—, a taxa de nulo/branco/nenhum é de 13%. O ex-prefeito petista teria 45% e o capitão reformado, 39%.
A taxa de pessoas que responderam não saber em quem votar no primeiro turno ficou estável. Os indecisos representavam 6% em agosto e agora são 5%.
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