Saíram de cena na campanha eleitoral a proposta de tirar milhões de pessoas do SPC (Ciro), a defesa da igualdade de gênero (Marina), ataques frontais a Bolsonaro (Alckmin) e críticas à Justiça (Lula).
Entraram com força propostas de melhoria para a educação (Ciro e Marina); a promessa de que a bonança do governo Lula voltará (PT); e mensagens de apoio a Bolsonaro, ainda que com críticas veladas ao rival (Alckmin).
Esse é o resumo das estratégias dos candidatos nos últimos sete dias, aponta o GPS Eleitoral —sistema de monitoramento das campanhas desenvolvido pela Folha.
A ferramenta acompanha tudo o que os candidatos postam em seus canais do YouTube e apresentam no horário eleitoral na TV e nas redes sociais (Facebook e Twitter).
No período analisado nesta última atualização, o agora líder nas pesquisas Jair Bolsonaro levou a facada em MG.
Ainda em recuperação, Bolsonaro diminuiu o volume de materiais divulgados. No YouTube, seu principal vídeo foi uma conversa de 1h32 entre dois apoiadores.
O período também abrange a troca na candidatura do PT —o ex-presidente Lula, que liderava as pesquisas, deu lugar para o então candidato a vice, Fernando Haddad.
Ciro e Marina seguiram enfatizando propostas, mas de temas diferentes do que na semana anterior. O foco deles virou melhoria na educação.
No fim do mês passado, houve divulgação de dados nacionais sobre a área, que mostraram panorama negativo.
Alckmin repetiu críticas ao discurso de ódio, num ataque indireto a Bolsonaro, mas sem citá-lo nominalmente (ataques frontais ao rival haviam sido o terceiro assunto mais presente do tucano na semana anterior e ficou fora dos cinco principais agora).
O GPS eleitoral fez a transcrição das cinco horas de vídeo postadas no YouTube e dos programas eleitorais dos candidatos mais bem posicionados na pesquisa Datafolha.
O material, junto com o que foi postado nas redes sociais pelos candidatos, foi analisado por modelo estatístico, que indicou temas mais citados por candidato. Foram analisadas mais de 20 mil palavras.
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