A situação do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) é mais difícil quando se considera a intenção de voto dos que têm o PT como partido de preferência do que a de seu principal adversário na corrida presidencial, segundo o Datafolha.
Entre os entrevistados que dizem gostar do PT, 61% falam que votariam em Haddad, de acordo com o levantamento mais recente do instituto, divulgado nesta sexta-feira (28). O petista é o segundo colocado na pesquisa, com 22% das intenções de voto.
Já o primeiro colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), tem uma posição mais confortável entre os que dizem admirar seu partido, ao qual se filiou em março deste ano para disputar a eleição.
Entre os que declaram ter o PSL como legenda de preferência, 95% afirmam que vão votar no capitão reformado. Bolsonaro lidera a pesquisa com 28% das preferências.
O parlamentar tem entre seus eleitores até mesmo pessoas que dizem que o PT é a sigla preferida delas: 5% dos que falam que a legenda do ex-presidente Lula é a que mais lhes agrada votariam no deputado.
O contrário não acontece. Nenhum (0%) dos entrevistados que afirmam admirar o PSL escolheria Haddad para a Presidência da República.
O PT segue, no entanto, sendo o partido com maior preferência declarada na população brasileira, tendência que se mantém nos últimos anos. De acordo com a pesquisa, 23% do eleitorado tem simpatia pela sigla de Lula. MDB e PSDB vêm na sequência, empatados, com 4%. O PSL de Bolsonaro possui 3%.
A segunda opção de voto dos admiradores do PT, depois de Haddad, é Ciro Gomes (PDT), que tem 10% de intenções de voto, ante os 61% do ex-prefeito da capital paulista. Geraldo Alckmin (PSDB) é a terceira alternativa, com 7%.
No caso dos seguidores do PSL, com sua grande fidelidade a Bolsonaro (95%), outras possibilidades cogitadas são João Amoêdo (Novo), Henrique Meirelles (MDB) e Cabo Daciolo (Patri), que alcançam 1% cada.
Os que têm simpatia pelo PSL apresentam uma alta rejeição a Haddad: 89% deles dizem que não votariam de jeito nenhum no ex-prefeito no primeiro turno. Já entre os admiradores do PT, 75% falam que nunca votariam em Bolsonaro.
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